O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas e Álcool (Comuda) afirma que o governo de Ricardo Nunes (MDB) “demonstra grave violação de direitos e abuso de autoridade” na construção do muro de 40 metros de extensão na cracolândia, região central de São Paulo.
A barreira, erguida no ano passado, separa usuários de drogas na cracolândia de pedestres e veículos na rua General Couto de Magalhães.
Em reunião realizada na terça (21), o Comuda aprovou por unanimidade uma nota em que critica a construção do muro. O documento foi redigido após os conselheiros realizarem uma visita ao local. O conselho municipal tem 27 membros —divididos entre representantes da sociedade civil e do Executivo.
“O muro é o símbolo de uma política de drogas segregacionista, que demonstra a falta de transparência em relação à política sobre drogas municipal, tendo em vista que as decisões sobre a região são tomadas sem a devida discussão com o conselho municipal”, diz o documento.
Segundo o conselho, não há espaço de sombra nem banheiros no local. “Os usuários relataram fazerem suas necessidades nas vias públicas e há apenas um ponto de fornecimento de água potável no local, instalado somente dia 20”, aponta.
O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Prefeitura de São Paulo desse explicações sobre a estrutura após receber um pedido de parlamentares do PSOL para que o muro fosse destruído.
Em resposta enviada à corte, a gestão municipal afirmou que a construção faz parte de estratégia para facilitar a abordagem de profissionais de saúde no local.
Nunes afirmou que a obra foi feita com caráter preventivo e protetivo, para evitar acidentes, especialmente atropelamentos e, assim, proteger os próprios usuários uma vez que os tapumes de metal antes existentes no local começaram a ser rompidos pelas pessoas que ficam na região.
Segundo ele, vários usuários estavam antes “quase invisíveis, no meio de dezenas e às vezes centenas de pessoas”, mas agora podem ser localizados, acompanhados, orientados e cuidados de forma permanente.
“Ademais, os gradis também têm por objetivo formar um corredor de serviços para facilitar o trânsito de veículos de serviço e de ambulâncias, que são acionadas corriqueiramente para atendimento aos usuários.”
PIPOCA
Os sócios e diretores do Espaço Petrobras de Cinema, Adhemar Oliveira e Patrícia Durães, receberam convidados no coquetel de reinauguração do local na rua Augusta, em São Paulo, na terça (21). As atrizes Giulia Gam e Odara Carvalho, o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Totó Parente, e a diretora de assuntos corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, marcaram presença no evento. A presidente da Spcine, Lyara Oliveira, e a diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Renata de Almeida, também compareceram.
com IVAN FINOTTI (Interino), KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH
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noticia por : UOL