As vítimas “não esperam nada” do réu, Joël Le Scouarnec, disse à imprensa Marie Grimaud, advogada de 39 partes civis, mas “esperam recuperar um pouco de dignidade, humanidade e, acima de tudo, consideração por parte da Justiça, porque até agora a violência judicial tem sido significativa”, acrescentou.
O julgamento do aposentado de 74 anos durará quatro meses e acontece dois meses após outro julgamento “fora do comum” que chocou a França e o mundo: o do estupro em série de Gisèle Pelicot.
Dado seu grande número, as vítimas acompanharão o julgamento em uma sala anexa e só irão à sala principal para testemunhar perante o tribunal, disse Grimaud. A audiência desta segunda-feira se concentra em aspectos técnicos.
“Eles não terão o apoio emocional” das outras vítimas quando testemunharem, explicou a advogada, especificando que este será o primeiro momento em que verão e ouvirão presencialmente a voz do suposto agressor.
Amélie Lévêque, de 42 anos, uma das vítimas, disse à AFP que estava “com medo” de ver o acusado, embora fosse um momento que ela esperava há muito tempo.
“Esta manhã vi algumas das vítimas que são minhas amigas e choramos juntas. Foi lindo e doloroso ao mesmo tempo”, acrescentou.
noticia por : UOL