O relatório também contradiz a retórica do “terrorismo climático” que tenta minimizar o impacto das mudanças climáticas e, portanto, a responsabilidade do homem pelo desastre.
Mais pobres pagam a conta
E, como sempre acontece, são “os pequenos proprietários, as comunidades indígenas e os mais pobres” que estão pagando o preço mais alto, observam os pesquisadores, que também acreditam que “a exposição aos impactos da seca foi exacerbada por práticas históricas de gestão de terra, água e energia, em especial o uso de combustíveis fósseis. Isso inclui desmatamento, destruição da vegetação, incêndios, queima de biomassa, agricultura industrial, criação de gado e outros problemas socio-climáticos, todos os quais reduziram a capacidade da terra de reter água e umidade”.
Além do tráfego nos rios da Amazônia e da agricultura, a geração de eletricidade também é afetada pela seca. “O vasto sistema fluvial fornece uma proporção significativa da energia nos países afetados”, observam os pesquisadores. O Brasil depende de hidrelétricas para 80% de sua eletricidade, a Colômbia 79%, a Venezuela 68%, o Equador e o Peru 55% e a Bolívia 32%, de acordo com a USAids. Isso levou a cortes de energia já em junho do ano passado nas regiões afetadas.
Animais da floresta tropical em perigo
Os seres humanos não são os únicos a sofrer com essa terrível seca. Toda a flora e fauna do incrível ecossistema de biodiversidade que é a Amazônia foram afetadas. A maior floresta tropical do mundo também desempenha um papel fundamental no ciclo global da água e do carbono.
noticia por : UOL