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Caroline Kennedy pede a senadores que recusem nomeação do primo, Robert Kennedy, à Saúde

Caroline Kennedy –embaixadora e filha do ex-presidente John Kennedy– enviou uma carta aos principais senadores, nesta terça-feira (28), apelando para que derrubem a nomeação do primo, Robert F. Kennedy Jr., ao cargo de secretário de saúde.

No texto, Caroline chama Robert de “predador viciado em atenção”. Diz, ainda, que o primo propaga opiniões falsas sobre vacinas e que não está apto para chefiar a saúde do país.

Os legisladores do congresso americano vão sabatinar Kennedy nesta quarta (29) e quinta (30).

A prima apelou para que o parlamento rejeite sua nomeação alegando, entre outros motivos, que o familiar se torna um perigo ao ocupar um cargo responsável por gerir a saúde nacional. Na carta, descreve que o primo levou outros membros da família ao vício em drogas.

“Seu porão, sua garagem e seu dormitório eram os centros de disponibilidade das drogas. Ele gostava de se exibir, mostrar como colocava pintinhos e ratos no liquidificador para alimentar seus falcões. Era frequentemente uma cena perversa de desespero e violência”, escreveu a diplomata.

“Os irmãos e primos que ele [Robert] encorajou a seguir o caminho do abuso de substâncias sofreram com o vício, adoeceram e morreram, enquanto continuou a deturpar, mentir e trapacear em sua vida”, continuou.

O irmão mais novo de Robert Kennedy, David, morreu no Condado de Palm Beach em maio de 1984 por “ingestão múltipla” de três drogas encontradas em seus fluidos corporais, conforme apurou o The New York Times.

Outros parentes também se manifestaram contra o rapaz, incluindo seu irmão, Joseph Kennedy I,I e sua irmã Kerry Kennedy, que descreveram seus comentários sobre raça e vacinas como “deploráveis e mentirosos”.

O documento foi divulgado pelo The Washington Post.

Ela citou a decisão de Robert Kennedy de manter uma participação financeira no litígio contra a Merck, que fabrica uma vacina essencial contra o HPV (papilomavírus humano), administrada para proteger contra o câncer de colo de útero.

“Em outras palavras, ele está disposto a enriquecer negando acesso a uma vacina que pode prevenir quase todas as formas de câncer e que foi administrada com segurança a milhões de meninos e meninas”, escreveu Caroline.

Como embaixadora do presidente Joe Biden na Austrália, Caroline esteve ativamente envolvida na promoção da vacina contra o HPV, que colocou a Austrália no caminho para eliminar o câncer de colo de útero –um tumor maligno que se desenvolve na parede uterina. Ela foi fundamental para persuadir Biden a expandir sua iniciativa “cancer moonshot” para a região do Indo-Pacífico.

Em seu papel como embaixadora, se disse relutante em fazer comentários públicos contra Kennedy, que lançou sua campanha presidencial em 2023 como um desafiante primário de Biden, antes de concorrer como candidato independente.

Kennedy desistiu da candidatura e passou a endossar Trump, que, em contrapartida, o indicou, agora, para secretário de saúde.

noticia por : UOL

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