O tema dividiu a opinião dos parlamentares durante a discussão do requerimento de urgência no plenário. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) chamou de “inconstitucional” a prerrogativa da Mesa Diretora para decidir sobre o afastamento dos deputados, o que acabou sendo modificado depois.
Um acordo entre as lideranças modificou o texto final. A Mesa Diretora fica responsável apenas por apresentar o pedido de suspensão cautelar do mandato do deputado. A ação precisa ser analisada pelo Conselho de Ética da Casa em três dias. A mudança atende uma demanda dos deputados para impedir que o presidente da Casa tome uma decisão monocrática sobre a punição do parlamentar.
Se o colegiado não avaliar o pedido de suspensão dentro do prazo, a ação será analisada no plenário da Câmara. Para aprovação da representação, será necessário obter a maioria absoluta dos votos, ou seja, 257 votos.
Quarta-feira de confusões
No mesmo dia em que Janones, Nikolas e Zé Trovão quase se agrediram, outras duas confusões ocorreram na Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Após trocas de farpas e acusações entre parlamentares durante a sessão, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) passou mal e precisou ser levada para o Hospital Sírio Libanês de Brasília, onde ficou internada até sábado.
Ao final da sessão, outra confusão, essa terminando em agressão física. Um bancário que acompanhava a comissão foi confrontado pelo deputado Éder Mauro (PL-PA) após gritar “presonaro na Papuda”, em referência aos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um homem, que se identificou como funcionário do gabinete de Mauro, deu dois tapas na cara do cidadão. O deputado negou que ele fizesse parte de seu gabinete.
noticia por : UOL