MUNDO

Brasil leva igualdade salarial entre mulheres e homens para agenda da ONU

A ONU estima que, no atual ritmo dos avanços sociais, mais de 300 milhões de mulheres continuarão nessa situação de extrema pobreza em 2030.

“Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 20% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho em todo o mundo, com dados ainda mais desiguais quando falamos de mulheres ainda mais excluídas socialmente, como negras, indígenas e imigrantes”, disse a ministra brasileira.

“Em paralelo a este problema, não há como não enfatizar o trabalho do cuidado não remunerado e invisibilizado que sobrecarrega principalmente as mulheres. Pela primeira vez, o Brasil pensa de maneira integrada em uma Política Nacional de Cuidados”, destacou.

Internet segura e livre para mulheres

Outro ponto destacado pela brasileira em seu discurso foi os ataques contra a mulher e o papel das redes sociais. Segundo a ministra das Mulheres, essa violência contra meninas e mulheres “tem se reinventado com as novas tecnologias”.

“O ambiente virtual torna a escalada da violência com maior alcance, mais veloz e sofisticada”, denunciou Cida Gonçalves. “Mulheres comunicadoras ou influenciadoras da política são grandes alvos deste discurso de ódio e de violentas campanhas de desinformação, trata-se de um recado ameaçador a todas as mulheres”, destacou.

A ministra apontou que “a busca por uma internet segura e livre para as mulheres em todo o mundo deve ser uma missão de todas e todos nós”.

Diante da sala da Assembleia Geral da ONU, ela insistiu que o governo enfrenta a violência contra mulheres e “persegue a meta do feminicídio zero”. “Por isso, o governo brasileiro tem trabalhado a prevenção, o enfrentamento e a reparação de todos os tipos de violência”, disse.

A ministra destacou que, pela primeira vez na história do país, o Brasil tem um ministério “exclusivo para planejar e executar políticas para as mulheres, de forma transversal, em todos os espaços institucionais da administração pública”.

“Voltamos a investir em programas cujo foco é o combate à pobreza, a inclusão e proteção social, como o Bolsa Família, e a garantia de infraestrutura em lugares de maior vulnerabilidade, como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida”, disse. Segundo ela, “as mulheres são as principais beneficiadas em todas essas iniciativas que buscam garantir direitos fundamentais”.

Mulheres plantão e colhem a maior parte dos alimentos no Brasil, diz ministra

Um dos destaques apontados pela ministra foi o foco nas mulheres camponesas, que também recebem linha especial de crédito. “Importante lembrar que elas são maioria na agricultura familiar, que é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa das brasileiras e dos brasileiros. Isso significa que a maior parte dos alimentos que consumimos foram plantados e colhidos por mulheres”, disse.

noticia por : UOL

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