“Demonstramos que as abelhas acumulam cargas elétricas consideráveis”, segundo ele, mas “ninguém tinha quantificado no caso das borboletas”.
Para seu estudo, derivado de sua tese de doutorado na Universidade de Bristol, no Reino Unido, Sam England mediu a carga elétrica líquida de onze espécies de borboletas, nativas de cinco continentes.
Para isso, ele utilizou um picoamperímetro, um instrumento que mede cargas elétricas ínfimas, colocado na saída de um túnel onde cada borboleta voava por pelo menos 30 segundos.
O resultado, segundo o pesquisador, é que “a maioria dos lepidópteros acumula uma carga elétrica positiva”.
Em seguida, ele utilizou um programa de simulação numérica para modelar o campo elétrico estabelecido entre o inseto e a flor, bem como seu efeito sobre o pólen.
O estudo conclui que, em média, a carga elétrica do inseto proporciona uma força eletrostática suficiente para levantar cem grãos de pólen a uma altura de 6 milímetros em menos de um segundo, até o abdômen da borboleta.
noticia por : UOL