
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em evento realizado no Rio de Janeiro, em meio aos apoiadores
REUTERS/Pilar Olivares
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu na manhã deste domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro, para o ato convocado pela oposição a fim de reivindicar uma anistia aos envolvidos nos atos anti-democráticos de 8 de Janeiro. No local, o político afirmou já ter os votos necessários para que a aprovação do projeto de lei ocorra na Câmara dos Deputados.
Bolsonaro ainda ressaltou que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete o projeto que anistiaria os condenados e envolvidos em investigações dos atos-antidemocráticos – o que beneficiaria o ex-presidente -, a Câmara derrubará o veto presidencial.
“Hoje, fiz um levantamento. Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara [dos Deputados]. […] Que até o Lula vete, derrubaremos o veto. Nós seremos vitoriosos”, declarou.
Além dos questionamentos sobre as condenações aos presos pela tentativa de golpe, Bolsonaro voltou a questionar as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Todos os inquéritos de Alexandre de Moraes são confidenciais. Secretos. Ninguém pode saber de nada que está ali. […] Houve, sim, mão pesada de Moraes nas eleições de 2022. O que eles querem?”, questionou.
Visivelmente emocionado, o político relembrou algumas das mulheres e idosas que foram condenadas pela depredação na praça dos Três Poderes e por tentativa de golpe de Estado – com condenações que chegam a 17 anos de prisão.
“Jamais pude imaginar, um dia na minha vida, que teríamos refugiados brasileiros mundo afora. Até poucos anos, não imaginávamos passar por uma situação como essa”, disse.
Por fim, o ex-mandatário realizou uma convocação aos deputados federais e senadores, ao ressaltar que há “um compromisso” em busca da anistia aos “irmãos e irmãs presos neste momento” e reforçou sua candidatura presidencial em 2026: “Eleições sem Bolsonaro, é negar a democracia”.
As afirmações de Bolsonaro contra a Corte e em prol da anistia ocorreram dias após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal agendar a data para julgar o recebimento da ação contra o ex-presidente pela Procuradoria-geral da República. O julgamento acontecerá em 25 de março, e poderá tonar o político oficialmente réu.
noticia por : UOL