General e filho participaram do desvio, diz PF. Ainda segundo o relatório, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, contou os detalhes do desvio em delação premiada. Ele comprometeu o pai, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, então lotado no escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em Miami.
Ele teria exercido “diversas atividades relevantes no contexto descrito”. Mauro Cid pai teria guardado em sua casa, na cidade de Miami, “objetos que possivelmente foram dados como presentes oficiais de autoridades estrangeiras a JAIR MESSIAS BOLSONARO em viagens internacionais, para serem vendidos nos Estados Unidos”, segundo a investigação.
Ele e o filho ficaram encarregados de mandar os kits para avaliação. “Encaminharam os objetos desviados, pertencentes ao acervo público brasileiro, para estabelecimentos comerciais especializados, para serem avaliados e vendidos por meio de leilão”, segundo o relatório.
O general também seria a pessoa responsável por receber o dinheiro “em nome e em benefício de JAIR MESSIAS BOLSONARO”.
Identificou-se que os recursos auferidos com as vendas eram encaminhados em espécie para JAIR BOLSONARO, evitando, de forma deliberada, não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal, possivelmente para evitar o rastreamento pelas autoridades competentes.
PF, em relatório

Moraes derruba sigilo
Moraes deu 15 dias para a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar sobre o relatório. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pode pedir mais provas, arquivar o caso ou apresentar a denúncia — o que tornaria Bolsonaro réu. Também é comum a PGR pedir mais tempo, além dos 15 dias protocolares, para analisar melhor a conclusão da PF.
noticia por : UOL