Em paralelo, a Polícia Científica em Chapecó revisou casos antigos. Ao analisar o histórico de cadáveres não identificados que foram sepultados, a entidade constatou registros compatíveis com desaparecimentos no período e local apontados nos relatos, o que levantou a hipótese de que o corpo encontrado há mais de dez anos era o homem desaparecido.
Compatibilidade levou ao pedido de exumação do corpo. O cadáver foi levado para análise no Setor de Antropologia Forense e Odontologia Legal da Polícia Científica em Florianópolis, onde os peritos confirmaram a identidade da vítima. Informações como a amputação no dedo indicador direito, fraturas antigas, deformação no braço e tratamentos odontológicos atestaram que o corpo era de R.T. As informações foram divulgadas pela polícia no dia 28 de janeiro.
Esse foi o primeiro caso do Programa Conecta da Polícia Científica de SC a ser resolvido sem processamento de material genético. O programa tem o objetivo de localizar pessoas desaparecidas e identificar corpos de identidade indeterminada com uso tecnologia avançada, integrando bancos de dados genéticos, biométricos, odontológicos e antropológicos.
Essa identificação é mais um exemplo da importância da participação de familiares de pessoas desaparecidas no Programa Conecta, permitindo que unamos as informações fornecidas pelos familiares com os conhecimentos das ciências forenses para a resolução de casos que, por anos, permanecem sem respostas. Patrícia Monteiro, perita criminal responsável pelo Programa Conecta
noticia por : UOL