Para Anielle, irmã de Marielle Franco, o resultado da votação “não foi uma surpresa”. “Ele apenas legitima o que o país tem virado e vivido”, disse a ministra que, nesta semana, está em Genebra para reuniões na ONU. “São cerca de cem votos que demonstram que o caminho que está tomando o Brasil”, lamentou.
“Estamos votando contra barbarie, fascismo e genocídio”, disse. “Infelizmente, a casa que era para cuidar do povo, ter pessoas que estão defendendo uma possível pessoas que manda assassinar outra parlamentar, diz muito do Congresso que temos”, constatou Anielle.
“Nao vemos dialogo. Vemos ataques. Vemos falas que autorizam a violência policial”, alertou.
Para ela, o caso do assassinato de sua irmã não está encerrado.
“Precisamos garantir que a justiça seja feta. Entendemos que é um caso complexo. Mas eu sempre disse aos meus pais que precisamos falar de coisas concretas. Pessoas estão sendo presas, na Camara vimos manifestações que poderiam ter mudado aquela prisão especificamente”, afirmou.
Anielle admite que a acusação e a prisão de Brazão é um avanço. “Mas vamos esperar as coisas se concretizaram de fato”, disse.
“Não tenho que comemorar. Mas entendo a importância dos fatos. Eu, no lugar de lidar com suposições, prefiro esperar. Esperar como vai ser o desenrolar dessas prisões, vamos esperar se alguém mais vai falar”, disse.
noticia por : UOL