MUNDO

Aos 50 anos, os cravos – e a democracia – terão de ser regados

Em 2019, por exemplo, um dos líderes do partido, Pedro Pessanha, celebrou o 25 de Abril colocando no perfil de suas redes sociais a foto de António de Oliveira Salazar. Em 2012, ele concluiu uma crítica ao então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho com um solene: “Viva Salazar! Viva Portugal!”.

André Ventura, hoje líder do partido, foi em busca do lema do Estado Novo – “Deus, Pátria e Família” – para marcar suas campanhas nos últimos três anos. Incorporou apenas a palavra “”Trabalho”.

A eleição deste fim de semana revela que a democracia precisa funcionar na vida cotidiana das pessoas, diariamente. Ela precisa significar a possibilidade de que um sonho tenha um destino. Caso contrário, como já vimos em vários cantos, a extrema-direita encontrará um espaço para agir e ganhar adeptos com falsas promessas. E sabemos, nós no Brasil, que essas promessas matam.

Não há “piloto automático” no processo democrático de um país. Os cravos precisam ser regados. Todos os dias.

Em Portugal e no Brasil.

noticia por : UOL

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