É uma montanha russa de negociações. Estamos nas mãos dos terroristas do Hamas. A cada barulho que escuto à noite, é como se os soldados estivessem vindo me avisar que meu irmão está morto.
Mary Shohat, irmã de Michel
“Todos nós ainda estamos no dia 7”, afirma a irmã de Michel. “A gente não sabe absolutamente nada desde então. Só soubemos que há mais pessoas mortas”, diz. Mary tenta retomar a rotina e não consegue. “Sento para trabalhar e, muitas vezes, me pego pensando nisso. Aí, repito para mim mesma: ‘tem que se concentrar’.”
Celeridade nas negociações entre países. Mary afirma que, se tivesse uma nova oportunidade de se encontrar com o presidente Lula, voltaria a fazer um apelo pela liberação do irmão. “Peço que, se tiverem algum contato com o Catar e o Egito [países que intermediaram as negociações entre Israel e Hamas], que nos ajudem, porque as pessoas estão morrendo, elas não têm mais tempo.”

Sequestrados voltam traumatizados, segundo Mary. A enfermeira relatou que teve pouco contato com pessoas recém liberadas após os sequestros. “Elas estão totalmente traumatizadas, doentes.” Ainda há cerca de 130 reféns em poder do Hamas;
Reféns libertados não deram informações sobre Michel. “Se as pessoas que voltaram tivessem visto ele, iriam nos avisar. Não posso ir lá e perguntar, quem tem que ir é quem tem capacidade de falar com essas pessoas traumatizadas. Não sabemos nada do Michel até agora.”
noticia por : UOL