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Agro e cientistas se unem em oposição à venda de fazenda em Campinas

Agricultores temem “impacto na sustentabilidade e competitividade da cafeicultura” com fim das pesquisas. Para Faesp, a eventual transferência das espécies hoje acondicionadas na fazenda para outro local “seria um processo dispendioso e demorado, comprometendo os avanços científicos em desenvolvimento”.

Procurada, Secretaria de Agricultura confirma “estudos para avaliar a viabilidade de venda”. Em nota, o órgão informou que só após o levantamento definirá se vende ou não a Santa Elisa e outras áreas hoje sob seu controle e que garantir a valorização das pesquisas hoje em curso será uma prioridade.

“Não dá para ficar se apegando à área”, disse Tarcísio. No último dia 23, Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu que locais importantes para pesquisa sejam mantidos. “O resto, vamos vender”, disse ele. O fato de Tarcísio não descartar venda da Santa Elisa na ocasião preocupou cientistas e outros setores.

Cientista nega que área esteja improdutiva. Segundo Helena Lutgens, presidente da APqC (Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo), local tem potencial de pesquisa. “Se há outras áreas subutilizadas, isso se dá pelo desmonte e o esvaziamento dos quadros na área de pesquisa”, diz ela.

Pesquisadora reclama de subfinanciamento da pesquisa em São Paulo. “O esvaziamento do instituto de pesquisa no estado foi muito forte nos últimos 30 anos. Há poucos concursos e redução de quadros, do orçamento e salários que estão há 10 anos sem correção da inflação“, afirma Helena.

Fazenda abriga espécies que já não existem mais em seus locais de origem. Além disso, o banco de plantas abrigado no local conta com cafés trazidos da Etiópia e outras áreas que hoje não liberam exemplares. Por isso, representantes do agro temem que a venda gere “um prejuízo incalculável” para o setor.

noticia por : UOL

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