Durante a manhã foram liberados os últimos 79 agricultores detidos após a invasão do mercado atacadista de Rungis, centro de alimentos crucial de Paris e um dos maiores do mundo.
O sindicato Coordenação Rural, que convocou o bloqueio a Rungis, sugere agora que os agricultores sigam até a Assembleia Nacional (Câmara Baixa do Parlamento) de Paris para uma “reunião” com seus deputados.
Arnaud Rousseau, líder do principal sindicato agrícola francês, FNSEA, pediu “calma” e advertiu que as “expectativas são enormes diante do acúmulo de normas, mas que muitos temas não podem ser resolvidos em três dias”.
As medidas anunciadas pelo governo francês e as concessões da Comissão Europeia, em particular a revogação “parcial” em 2024 da obrigação de deixar 4% das terras aráveis em pousio, não parecem suficientes para convencê-los.
Enquanto aguardam possíveis anúncios do governo nesta quinta-feira, os protestos continuam em todo o país. Nas proximidades de Perpignan, sul do país, quase 60 tratores prejudicarm o trânsito em uma importante rodovia entre França e Espanha.
“Seguimos mobilizados porque as medidas anunciadas não estão à altura de nossas expectativas e do que está em jogo”, declarou à AFP Bruno Vila, líder agrícola local.
noticia por : UOL