Ou seja, caberá ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, decidir se o caso é para rescisão do acordo. Depois disso, será preciso o aval do ministro Alexandre de Moraes para que Cid perca os benefícios que combinou obter ao delatar.
Em nota divulgada após a reportagem da revista Veja, os advogados de Cid disseram que o tenente-coronel “em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios.”
Os advogados dizem ainda que, de forma alguma, as revelações dos áudios “comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade.”
Cid chegou a ficar preso por quatro meses no Batalhão do Exército, por ordem de Moraes.
Submetido a medidas restritivas como uso de tornozeleira eletrônica, ele negociou o acordo de delação para conseguir a liberdade.
Em setembro do ano passado, ao soltar Cid e homologar a delação, Moraes afirmou que o acordo foi firmado “entre Cid e a Polícia Federal após verificar a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade”.
noticia por : UOL