MULHER

Comitê sobre discriminação contra mulheres analisa Timor-Leste, São Tomé e Príncipe e Macau

A Comissão das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, Cedaw, inicia sua próxima sessão neste 8 de maio.  Dentre os países analisados nessa rodada estão Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, e a Região Administrativa Especial de Macau.

Todas as partes avaliadas se submetem a revisões regulares acompanhadas por 23 peritos independentes. O objetivo é compreender como cada nação ou território signatário está aplicando a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.

Uma mulher aprende a escrever em São Tomé e Príncipe

Pnud Brasil/ Claudino Faro

Uma mulher aprende a escrever em São Tomé e Príncipe

Proibição da discriminação em São Tomé e Príncipe

Para realizar sua análise, o comitê recebe relatórios de cada país e observações de organizações não-governamentais. Também serão realizadas audiências públicas para analisar a situação dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. As atividades acontecem na sede da ONU em Genebra, na Suíça.

São Tomé e Príncipe ratificou a Convenção em junho de 2003. Em seu relatório, o país africano, de língua portuguesa, reconhece que o conceito de discriminação contra as mulheres ainda não foi explicitamente definido no ordenamento jurídico da nação.

Por outro lado, São Tomé e Príncipe informou que tem adotado medidas legislativas para proibir a discriminação contra as mulheres, bem como outras formas de discriminação social.

Como exemplo, o país cita a criação em 2008 de “mecanismos de prevenção e punição doméstica e violência familiar, de acordo com os compromissos assumidos na Convenção”.

Segundo o relatório apresentado por São Tomé e Príncipe, o ato normativo prevê a criação de tribunais especializados em casos de violência doméstica e outras formas de violência de gênero.

 Mães com seus filhos pequenos visitam uma clínica móvel em Timor Leste.

Mães com seus filhos pequenos visitam uma clínica móvel em Timor Leste.

Sistema Judiciário Móvel em Timor-Leste

Já Timor-Leste menciona em seu relatório a importância do sistema judiciário móvel como canal para fornecer acesso à justiça para as comunidades rurais. O mecanismo permite a realização de audiências em nove municípios onde os tribunais ainda não foram criados.

De acordo com o documento do país, a média de casos de violência de gênero representou de 46% a 61% dos processos criminais entre 2016 e 2018. Timor-Leste argumenta que esses números reforçam a importância do programa de justiça móvel para mulheres vítimas de violência em áreas rurais.

O texto diz que “as mulheres representaram 33% do total de beneficiários dos casos resolvidos”.

Mulheres na administração pública em Macau

A Região Administrativa Especial de Macau, na China, informa em seu relatório que criou, em 2015, a Base de Dados das Mulheres de Macau.

O objetivo é recolher informações, através de vários departamentos do Governo, sobre violência contra as mulheres, incluindo violência doméstica, estupro e tráfico.

A região autônoma, no sul da China, ressaltou que o percentual de mulheres ocupando cargos na administração pública subiu de 41% em 2010 para 43,5% em 2017. Macau, que tem o português como língua oficial, indica que, naquele ano, 43,3% dos cargos no governo eram ocupados por mulheres. No legislativo o valor era de 57,5% e no judiciário 48,2%.

A audiência pública do Cedaw sobre Timor-Leste está prevista para 9 de maio. Já a de São Tomé e Príncipe ocorre no dia 10 e a de Macau no dia 12. Mais informações sobre a sessão podem ser encontradas, em inglês, na página do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, Ocha.

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FONTE : News.UN

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