GOSPEL

Pastor acusado de homofobia contra o humorista Paulo Gustavo é absolvido pela Justiça

Um pastor que se tornou nacionalmente conhecido por uma declaração polêmica sobre o humorista Paulo Gustavo, em 2021, foi processado e condenado em 1ª instância no ano seguinte, mas agora conseguiu sua absolvição em segunda instância.

A falta de provas para classificar a fala polêmica do pastor foi avaliada pela Justiça como decisiva para absolvição de José Olímpio. À época, o pastor comentou o estado grave de saúde que Paulo Gustavo enfrentava, como consequência da covid-19, dizendo que orava para que o humorista partisse para estar com seu “dono”:

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, escreveu Olímpio, na ocasião.

O caso foi denunciado à Justiça, e a família de Paulo Gustavo apresentou prints da postagem feita pelo pastor. Há pouco mais de dois anos, a Justiça decidiu contra Olímpio, condenando-o a 2 anos e 9 meses de detenção, mas a pena foi convertida a prestação de serviços à comunidade, segundo o G1.

Entretanto, a defesa do pastor da Assembleia de Deus em Alagoas recorreu da condenação, e agora o juiz que analisou o caso apontou não ter encontrado uma “prova plena” de que a fala de José Olímpio teria cunho preconceituoso contra homossexuais.

O juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima aceitou o questionamento da defesa do pastor se a condenação não poderia ser vista como uma “interpretação desfavorável” ao réu, sem base legal.

De acordo com informações do Correio Braziliense, o próprio magistrado destacou que as provas apresentadas pela família do humorista permitiam uma interpretação divergente da acusação feita, pois poderia evidenciar um desejo de que Paulo Gustavo recebesse alívio de seu sofrimento na internação, pois a expressão “dono dele” não indicava uma entidade maligna ou Deus.

Ao final, o juiz Barros Lima concluiu que na falta de provas mais concretas para condenar o pastor assembleiano, não poderia manter a sentença baseado em suposições. O caso ainda cabe recurso à instância superior.

FONTE : Gospel Mais

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