O pastor Silas Malafaia fez críticas a Jair Bolsonaro (PL) usando termos agressivos por conta da postura adotada na disputa contra Pablo Marçal (PRTB) pela Prefeitura de São Paulo, e as respostas do ex-presidente e seus filhos exibiram mansidão e longanimidade, termos que são apontados na Bíblia como virtudes.
Ao ser questionado sobre as críticas do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), Bolsonaro deu a entender que não responderia de maneira inflamada: “Meu posto Ipiranga não tem gasolina. Só tem água”.
O filho mais velho do ex-presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), reconheceu as contribuições do pastor na disputa contra Pablo Marçal e afirmou que desavenças têm que ser discutidas de maneira sábia: “Roupa suja se lava em casa”.
“O presidente Bolsonaro fez o que tinha de ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Assim como foram decisivos Tarcísio e Malafaia, cada um na sua função. Como um time de futebol, que não ganha só com atacantes”, acrescentou o senador.
Na entrevista a Monica Bergamo, Malafaia disse que os filhos do ex-presidente não se posicionaram sobre a disputa pela prefeitura de São Paulo, o que seria omissão. Em resposta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), demonstrou compreensão com a frustração do pastor:
“[Malafaia] tem muita importância para diversas pautas conservadoras, notoriamente a anistia dos presos políticos. Sem ele, muito disso não teria ido adiante. Se ele nos critica hoje por algum motivo, ainda que eu possa entender certas palavras usadas por ele, cabe a mim ter a maturidade de interpretar e resolver internamente. Sigo desejando saúde e tudo de bom a ele”, respondeu o parlamentar, que se concentrou no apoio à reeleição da vereadora evangélica Sonaira Fernandes (PL).
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), arrastado para a polêmica por Malafaia – que o referiu como modelo de liderança depois de expressar desconfianças meses atrás quanto à lealdade a Bolsonaro –, declarou que o ex-presidente é a “maior liderança” da direita no Brasil e deixou um “legado calcado em medidas estruturantes”.
“Precisamos de uma direita cada vez mais forte e pronta para enfrentar os desafios que emperram o nosso crescimento, bem como a ameaça que a esquerda significa para nossa liberdade”, ponderou Tarcísio, de acordo com a revista Oeste.
Diante da repercussão negativa, Malafaia publicou nota afirmando que sua postura precisa ser entendida a partir da íntegra da entrevista, e não pelas frases polêmicas: “Sou aliado de Bolsonaro, não alienado ou bolsominion. Ninguém, nesses últimos dois anos, defendeu ele tanto quanto eu. Apoio Bolsonaro porque ele tem história. Sou livre para criticar e elogiar, defender e não defender, a hora que eu quiser. Tenho moral para isso”.
FONTE : Gospel Mais