A história de Nakara Alston, que enfrentou a perda de um bebê após um aborto malsucedido em uma unidade da rede de clínicas Planned Parenthood, ilustra uma das várias acusações contra a organização. O caso foi destaque em um artigo do New York Times, que renovou os apelos para o fim do financiamento federal à instituição.
No último sábado, o New York Times informou que revisou documentos e processos legais de diversas instalações da Planned Parenthood no país e entrevistou mais de 50 funcionários e ex-funcionários. O jornal apontou que várias unidades da organização enfrentam problemas financeiros, operando com equipamentos obsoletos e pessoal mal treinado.
Kristan Hawkins, presidente da Students for Life, comentou o artigo em uma publicação no X, ressaltando a importância de uma grande mídia como o New York Times abordar os problemas do maior provedor de abortos nos Estados Unidos.
“Quando até o New York Times admite que a Planned Parenthood falha em seu ‘trabalho’ desumano de matar pessoas por dinheiro, fica claro que chegou a hora de cortar o financiamento”, escreveu Hawkins, pedindo ação do presidente Trump para desfinanciar a organização.
Alston, que se submeteu a um aborto na unidade da Planned Parenthood em Nova York, processou a instituição por negligência médica. Ela descobriu que estava grávida de oito semanas após decidir terminar seu relacionamento e, em um momento de desespero, agendou o aborto.
Após o procedimento, Alston sofreu sangramentos intensos e cólicas por semanas. Quando buscou orientação na clínica, um funcionário afirmou que o feto havia sido expelido e que ela não deveria se preocupar.
Contudo, os sintomas continuaram e Alston procurou atendimento em um pronto-socorro, onde foi descoberto que o feto ainda estava em seu útero. Doze semanas após o aborto, ela deu à luz, mas o bebê faleceu logo após o nascimento.
Abby Johnson, ex-funcionária da Planned Parenthood no Texas e defensora pró-vida, comentou que a organização não parece ter mudado desde sua época. Johnson, fundadora do grupo pró-vida And Then There Were None, que ajuda profissionais a deixar a indústria do aborto, acusou a Planned Parenthood de usar medicamentos vencidos, expor mulheres a condições insalubres e contratar funcionários não qualificados.
“Independentemente da posição de cada um sobre o aborto, todos devem concordar que as mulheres não devem passar por essas condições”, disse Johnson.
Membros da equipe de uma unidade da Planned Parenthood em Omaha, Nebraska, relataram ao Times que, no ano passado, vazamento de esgoto de um banheiro invadiu a sala de recuperação, ficando lá por dois dias. Apesar das tentativas de conter o vazamento, o cheiro fez com que mulheres vomitassem.
Outra acusação foi feita por uma mulher grávida de quatro meses, que em 2022 passou por um procedimento de inserção de dispositivo intrauterino em Nebraska e, mais tarde, deu à luz um bebê natimorto.
Johnson, que também foi diretora em uma clínica da Planned Parenthood, pediu o corte de financiamento à organização, que recebe mais de 600 milhões de dólares de fundos públicos, mas, segundo ela, não oferece um atendimento adequado. “Podemos fazer melhor pelas mulheres, e cortar o financiamento da Planned Parenthood é um ótimo começo”, afirmou.
O artigo do Times sugeriu que a má gestão e as condições precárias nas instalações da Planned Parenthood estão relacionadas à falta de recursos financeiros. O jornal também observou que, embora a organização receba grandes doações, uma parte significativa desse dinheiro é destinado a campanhas políticas e legais, em vez de ser investido nas unidades locais.
A Susan B. Anthony Pro-Life America, grupo político pró-vida, acusou a Planned Parenthood de priorizar o lobby pelo aborto em vez de oferecer cuidados adequados. “Embora se autodenomine a maior provedora de cuidados de saúde reprodutiva do país, a Planned Parenthood é, na prática, a maior defensora do aborto sob demanda”, declarou o grupo.
Nos últimos anos, conforme os relatórios anuais da organização, o número de abortos realizados pela Planned Parenthood aumentou, enquanto os serviços de adoção e cuidados médicos genuínos diminuíram.
FONTE : Gospel Mais