Paulo Martelli é coordenador nacional da Mobilização Freemind (www.freemind.com.br) e diretor para América Latina da ISSUP – International Society of Substance Use, Prevention and Treatment Professionals (Associação Internacional de profissionais e voluntários na área de Prevenção e Tratamento ao uso de Drogas), e presidente da Associação ISSUP Brasil.
“A ciência da prevenção é algo novo no mundo, deve ter entre 10, 12 anos, mas que é algo que cada vez mais vem se mostrando muito importante para quem atua nessa área. A gente sabe que a questão do tratamento é complexa, a questão do combate é muito complexa, mas a prevenção se faz muito necessária e as evidências mostram que ela custa 20 vezes menos do que o tratamento”, assinalou.
Segundo explicou, o principal objetivo da ciência de prevenção é melhorar a saúde pública, identificando os fatores de risco e de proteção maleáveis, avaliando a eficácia e efetividade das intervenções preventivas e identificando os meios ideias para disseminação e difusão. Ela é uma ciência multidisciplinar, pois muitos campos contribuem para a compreensão do desenvolvimento humano e dos fatores que levam a comportamentos e resultados de saúde positivos ou negativos.
Ainda segundo o palestrante, o principal objetivo da prevenção é ajudar os jovens a evitar ou postergar o uso de substâncias ou, se já tiverem começado, evitar que progridam para um uso mais problemático. “Existem estudos que falam que quanto mais você posterga, menores são as chances de dependência química”, assinala. Outro objetivo é ajudar os jovens a se envolverem positivamente com família, escola, locais de trabalho e comunidade, e introduzir intervenções que tornem cada ambiente propício para o desenvolvimento saudável.
“Prevenção é um processo, não são ações pontuais. A prevenção se faz através da capacitação dos gestores dos ‘prospects’ ao uso de substâncias, ou seja, os pais, os educadores. Esses gestores precisam entender como criar a resiliência nos jovens, nas crianças. Hoje temos estudo que mostram crianças até a partir de oito anos que já estão usando.”
Na apresentação, entre outros assuntos, o professor falou ainda sobre fatores de risco (como ambiente familiar negativo, uso abusivo ou dependência química dos pais e indiferença ou pouco monitoramento por parte dos pais na vida dos filhos) e de proteção ao uso de drogas (como a presença de vínculos positivos na família, presença marcante dos pais na vida e nos interesses dos filhos, o desempenho escola satisfatório, e dificultar o acesso às drogas).
O evento contou com a participação do juiz Gerardo Humberto Alves da Silva Junior, que também integra o Comitê.
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem 1: print de tela onde aparece o professor. Ele é um homem branco, calvo, de bigode, que usa óculos de grau. Ao lado, em telas menores, aparecem a desembargadora Helena Maria, que veste uma blusa lilás, e a intérprete de libras, que veste uma roupa preta.
Lígia Saito
Assessoria de Comunicação
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
FONTE : MatoGrossoNews