Fonte: Da Redação
Olhar Direto – Airton Marques
O novo presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná (MDB), é mais um a engrossar o coro contra a troca do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM) nos últimos dias de 2020. Logo após tomar posse, o emedebista questionou o fato de a escolha pelo BRT (Bus Rapid Transit) ter sido tomada e anunciada sem a participação da Capital.
“Tudo que diz respeito a Cuiabá tem que passar pela Câmara da Capital e, até onde eu sei, (a troca) não foi discutida nem entre os prefeitos. Vamos buscar que se discuta também com os vereadores”, disse, durante coletiva à imprensa, na sexta-feira (1º).
O posicionamento fortalece o discurso do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que após criticar a forma com que a decisão foi tomada pelo Palácio Paiaguás, levou o questionamento para a esfera jurídica.
A primeira medida ao tomar posse para seu segundo mandato foi ajuizar duas ações contra o Governo estadual, uma no Tribunal de Justiça (TJMT) e outra no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No STJ, o emedebista requer que o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, se não analise o pedido feito por Mauro, pela autorização da troca para o BRT. Tal chancela é primordial para Mato Grosso não ser penalizado a adiantar o pagamento da dívida feita com a Caixa Econômica Federal, que emprestou dinheiro para a implantação do VLT. O pedido, no entanto, já foi negado liminarmente pelo presidente, ministro Humberto Martins, em decisão proferida neste sábado (2).
Já na Justiça estadual, Emanuel faz três pedidos: que o governador seja proibido de praticar qualquer ato administrativo no sentido de dar prosseguimento na operação do BRT; que compartilhe todos os laudos técnicos referente a mudanças; e que se abstenha de fazer qualquer ato sem a participação dos municípios do Vale do Rio Cuiabá.