“Estar num workshop com a Kay Pranis, de fato, é a cereja do bolo. Este ano tem sido um ano de intenso trabalho nessa área. Já passaram pela formação de facilitadores quase mil pessoas, então, é um trabalho realmente gigante, intenso e que merece esse coroamento, trazendo uma personalidade que dá esse fecho, que faz com que tudo isso faça sentido na nossa vida muito intensamente. E eu tenho certeza que todos que estão aqui têm a noção do quanto isso representa para a consolidação da política de paz e de pacificação social”, disse.
Em seu pronunciamento, Clarice Claudino conclamou os presentes a continuar se dedicando ao projeto de pacificação social. “Cada um dos magistrados que abraçaram essa causa sabem o valor que tem essa bandeira. Assumiram para si divulgar essa bandeira, caminhar, abrir picadas, caminhos, pavimentar uma estrada que realmente deixe possibilidade das próximas gerações não precisarem passar pelo processo que nós estamos passando. Eles já virão com o nosso exemplo pronto e consolidado e para eles já será natural ter uma rede de relacionamentos com a qualidade que nós estamos construindo. Então, sintam-se pertencentes a essa construção. Cada tijolinho dessa construção tem a impressão digital de cada um de nós”.
Dirigindo-se à Kay Pranis, o juiz afirmou que a metodologia é uma das formas utilizadas para levar de volta a paz e a harmonia ao ambiente escolar. “Ao longo deste workshop, várias pessoas podem dizer para a senhora o quão importante que essa metodologia, inaugurada pela senhora, tem sido útil aqui em Cuiabá, aqui no estado de Mato Grosso”, disse, complementando que o retorno dela à capital mato-grossense, após 5 anos, difunde e consolida ainda mais as práticas restaurativas no estado.
A professora classificou como extremamente importante a atuação do Poder Judiciário no que tange à pacificação social, começando pelos próprios servidores e extrapolando para outras instâncias. “Isso vai fortalecer as equipes dentro do sistema de justiça e também são as pessoas dentro do sistema de justiça que vão saber melhor onde essa metodologia pode ser aplicada. O sistema de justiça tem o poder de convencer pessoas de outros setores a começar a introduzir essa metodologia também. Então o sistema de justiça é uma liderança no compartilhamento dessa ideia em outros setores da sociedade”.
Participantes ressaltam importância do evento – Declaradamente um entusiasta da Justiça Restaurativa, o juiz Francisco Gahiva, da 4ª Vara Cível e coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Tangará da Serra, pontuou o trabalho desenvolvido em sua comarca. “Dentro da própria unidade em que trabalho nós já fizemos círculo de paz para melhoria das relações, do conhecimento e do envolvimento de todos. E estar aqui é muito gratificante porque nós estamos conhecendo a fonte de onde se originou todo esse trabalho, que hoje é expandido não só para as unidades, mas para fora delas. Em Tangará da Serra, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos servidores e também pela colega que está à frente da Justiça Restaurativa abrange escolas, outras entidades e tem, cada vez mais, florescido e crescido na cidade”, relatou.
Assessor de gabinete e facilitador de círculo de construção de paz, Luiz Milano enfatizou a oportunidade de ter contato com a pioneira do método por ele trabalhado junto à comunidade. “Eu acredito que é muito gratificante essa oportunidade. Vai agregar muito conhecimento. Para mim, é excepcional estar perto de alguém que é a base do círculo de construção de paz. É um momento para agregar conhecimento, para beber direto da fonte, que é a Kay, e isso vai nos trazer muitas ferramentas para que a gente possa aplicar aos círculos no nosso ambiente de trabalho, nas escolas e de um modo geral”, avaliou.
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: imagem geral do evento. No primeiro plano os participantes. Ao fundo a palestrante sentado e ao lado dela a interprete.Foto 2: Presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva fala ao microfone. Ela é uma senhora branca, de cabelos lisos, curtos e castanho médio, olhos claros, usando camisa com estampa de onça, colar de correntes douradas.. Foto 3: juiz-auxiliar da presidência fala ao microfe. A fundo aparece a imagem da palestrante e da interprete. Foto 4: Kay Pranis e a tradutora de inglês, Fátima Price, sentadas em poltronas no palco do auditório Gervásio Leite. Ambas são senhoras brancas. Kay com cabelos brancos, lisos e presos. E a intérprete com cabelo castanho médio, liso e curto. Kay usa um vestido longo preto com estampa floral, cardigan verde claro e sapatilha preta. A intérprete usa calça preta, camisa com estampa de folhas e flores nas corres verde e amarelo e fundo preto e sandália Anabela preta. Ao lado delas, há pequenas mesas com vasos de plantas sobre elas. Foto 5: participantes estão em pé realizando uma dinamica em grupo.
Celly Silva/Fotos: Lucas Figueiredo
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
FONTE : MatoGrossoNews