“A gente percebe muito nas buscas das pessoas que querem escolher uma ou outra vacina. A gente tem que entender que temos quatro vacinas válidas no Brasil, independe, a gente tem resultado de diminuição de mortalidade pela Coronavac que foi a primeira que utilizamos nos idosos e profissionais da saúde”, disse Flávia.
Devido ao grande número de faltosos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem utilizado o sistema de “final de fila” e os agendamentos são válidos durante dois dias como forma de acelerar a imunização. “Final da fila é, por exemplo, nós começamos a vacinar agora de 35 a 39 anos, nesse grupo cadastrado nós temos mais de 27 mil pessoas. Se alguém agendado dessa faixa etária chegar aqui e não quiser a vacina que está sendo aplicada, ele vai voltar lá para o final da fila”, explicou a gerente.
A representante da SMS lamenta essa postura da população, alegando que isso favorece a proliferação do vírus, principalmente após a suspeita de casos da variante Delta em Cuiabá. “Nós temos que manter o alerta, porque a nossa cobertura vacinal ainda não é o suficiente, a introdução da nova variante no país, aqui nós tivemos aquela identificação e ainda estamos aguardando a confirmação. Mas, de qualquer forma, pode sim ser um motivo da gente começar a ter o aumento no número de casos e óbitos”, acrescentou.
Já nos casos em que as pessoas testarem positivo para a doença, a recomendação é que elas não compareçam ao ponto de vacinação para justificar a ausência. “Nós estamos atendendo em média 1,7 mil pessoas ao dia. Então, quando a pessoa é testada positivo vem ao polo, ela expõe todas essas pessoas ao vírus e também os profissionais que estão atendendo. A pessoa que for testada positivo deve salvar esse agendamento, imprimir ele, aguardar os 30 dias de protocolo e procurar um polo de vacinação com o agendamento retardatário junto com o teste positivo que vai justificar ausência e ela vai ser imunizada corretamente”, finalizou.