DA REDAÇÃO – FOLHA MAX
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou que retomará o toque de recolher em Cuiabá. O anúncio do horário a ser implementado, bem como outras medidas restritivas, deve ocorrer somente após a decisão da Justiça sobre um pedido do Ministério Público Estadual para implantação de uma “quarentena” em Cuiabá e Várzea Grande.
“Como entendo que o momento é de união e não vamos sobrepor uma decisão sobre a outra, vou aguardar a decisão da Justiça para anunciar as medidas que Cuiabá irá tomar, que terá como base o toque de recolher na Capital do Estado de Mato Grosso”, afirmou o prefeito, após reunião do Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus na capital.
Segundo o prefeito, além da espera pela decisão judicial, está em análise também estudos de epidemiologistas sobre o comportamento do vírus em Cuiabá. “Vamos tomar as medidas que visem dar certa segurança e tranquilidade a população para garantir a saúde e a vida da população cuiabana”, assinalou.
Emanuel destacou que Cuiabá voltou a viver uma “onda alarmante”, com aumento de casos e a superlotação da rede de saúde.
PEDIDO DO MPE
O promotor Alexandre Guedes requereu nesta sexta-feira, junto a 1ª Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande, medidas sanitárias mais restritivas por 14 dias em Cuiabá e Várzea Grande.
O pedido foi encaminhado à 1ª Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande – Especializada de Saúde, após os municípios serem classificados como de “risco alto” conforme Painel Epidemiológico 354 Coronavirus/Covid-19, divulgado em 25 de fevereiro pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES).
O Ministério Público de Mato Grosso requereu ainda que a Justiça “ordene ao Estado de Mato Grosso a emissão de ato específico ao Comando da Polícia Militar e Polícia Civil para o atendimento imediato e sem necessidade de prévia intervenção de agentes municipais, para a interrupção e encerramento de quaisquer eventos e atividades” descritos no artigo 5º, inciso III do referido decreto. Conforme o promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes, ao serem classificadas como risco alto, “fica evidente que as referidas localidades que compõem a região metropolitana de Cuiabá precisam tomar medidas supletivas de distanciamento e isolamento social, bem como de restrição de atividades, conforme os decretos estaduais nº 522/2020 e 532/2020”.
Para o promotor de Justiça, a partir do momento em que a aplicação de vacinas segue em ritmo lento, não se conseguindo sequer imunizar os grupos prioritários, a adoção das medidas não farmacológicas se apresenta como o meio mais seguro de impedir uma maior disseminação da doença.