Apagadas, tortas ou escondidas, muitas placas de sinalização espalhadas pelas ruas e avenidas de São Paulo contrariam o seu papel e se tornam um risco para o trânsito. O desgaste afeta informações sobre sentido das vias, circulação exclusiva de ônibus, conversões e velocidade máxima permitidas, entre outras. O R7 flagrou placas em péssimas condições em diferentes vias da cidade
Na av. Inajar de Souza, 3.451, na zona norte da capital paulista, a placa ‘só ônibus’ está descorada, e a sinalização passa despercebida pelos condutores. ‘Isso é criminoso. É normal que a placa desbote por conta do sol, chuva etc, o que não é normal é não mudar. Tem que tirar essa e colocar uma nova urgentemente’, afirma o consultor em engenharia de transporte Horácio Figueira
Com a finalidade de otimizar o deslocamento dos veículos, alertando os motoristas sobre proibições, restrições e obrigações das vias, as placas devem estar em constante manutenção para evitar possíveis acidentes. Ainda na av. Inajar de Souza, a sinalização localizada na altura do número 2.700 também está apagada. Sem culpa, os motoristas acabam realizando o retorno que, à princípio, é proibido no local
Na mesma região, uma placa que sinaliza velocidade máxima de 50 quilômetros está de cabeça para baixo e confunde os motoristas. A situação é ainda mais problemática por se tratar da rua onde está localizada a Escola Municipal Professor Mario Pereira Bicudo
A placa de ‘proibido estacionar’ na av. Abraão de Morais, nas proximidades com a rua Francisco Tapajós, no sentido Imigrantes, está apagada. O motorista pode desviar a concentração da direção para se esforçar a tentar entender o que a placa significa e cometer infrações de trânsito e acidentes. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informa que há projetos elaborados de recapeamento da via e manutenção das sinalizações, no entanto, não há previsão de datas para ser colocado em prática
A região da av. Abraão de Morais abriga um dos radares que mais multam em São Paulo. No entanto, o R7 mostrou que árvores atrapalham a visualização tanto do radar quanto da placa de limite de velocidade de 50 km/h no local
Embora o GPS indique o sentido das vias, nem todos os condutores acompanham o aplicativo ao dirigir. Placas como esta na esquina da rua Morato de Oliveira, 204, na região da Cachoeirinha (zona norte), podem confundir. Nesta via, a CET comunica que um projeto para a manutenção da sinalização já está elaborado e será implantado em breve
O especialista Horácio Figueira ressalta que existem normas para todas as placas de sinalização que devem ser cumpridas para evitar acidentes de trânsito, que não são poucos. As placas na av. Raimundo Pereira de Magalhães, conhecida como ‘Estrada da Boiada’, em Pirituba, estão irregulares e evidenciam a gestão precária da segurança do trânsito
Ainda na av. Raimundo Pereira de Magalhães, uma placa de ‘pare’ está tombada. ‘Não dá para saber pra quem é o ‘pare’, ou seja, para qual movimento do fluxo de tráfego a placa estaria regulamentando a parada. O motorista brasileiro, por não ser precavido, pensa que o aviso é para o outro e assume que a preferencial seria dele, o que pode causar um acidente. Sinalização duvidosa gera confusão e indecisão’, ressalta Figueira
A CET informou que um projeto de manutenção da sinalização para a região da avenida Inajar de Souza está sendo elaborado, com previsão de finalização na segunda quinzena de abril. Sobre a revisão dos outros locais identificados pela reportagem, a empresa diz ter feito vistoria em cada um deles e elaborado projetos de manutenção para as sinalizações de trânsito
*Sob supervisão de Márcio Pinho, do R7
noticia por : R7.com
