BRASIL

PF pede ao STF abertura de inquérito sobre Dias Toffoli

Sessão do Supremo Tribnal Federal que a nalisa | Sérgio Lima/Poder360 00.nov.2019| Sérgio Lima/Poder360 00.nov.2019

A Polícia Federal enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de abertura de inquérito sobre o ministro Dias Toffoli. A solicitação se baseia em delação premiada do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). Ele disse que Toffoli recebeu R$ 4 milhões em troca de favorecimento em processos sobre 2 prefeitos do Estado do Rio de Janeiro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Toffoli atuou na Corte eleitoral de 2012 a 2016. A delação foi homologada pelo ministro do STF Edson Fachin.

Para a investigação começar, é preciso autorização da Corte. O pedido foi enviado ao gabinete de Fachin, que encaminhou o caso para a PGR (Procuradoria Geral da República). A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.

De acordo com Cabral, os pagamentos ilegais teriam sido efetuados por meio de Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, envolvido com o escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli.

Os detalhes da delação de Cabral não foram divulgados. Não foi informado se o ex-governador apresentou provas de suas acusações.

Em nota, Toffoli informou que não tem conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais. Ele também negou a possibilidade de ter trabalhado para favorecer qualquer pessoa desde que assumiu o cargo no STF.

Eis a íntegra:

“O ministro Dias Toffoli afirmou, por meio da assessoria, não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais. Por meio da assessoria, o ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções.”

A PF disse ao Poder360 que “encaminhou o pedido, mas não obteve resposta”. A PF também afirmou que “não sabe se haverá confirmação do encaminhamento”. Ao jornal digital, o STF disse que “não tem confirmação sobre o pedido feito pela PF”.

A PGR afirmou que “não tem nenhuma informação acerca deste tema”.

Poder 360

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