BRASIL

Pai de Heloísa sobre presença de agentes em hospital após menina ser baleada: ‘Me senti intimidado’


Pai da menina Heloísa, Willian da Silva relatou ter se sentido intimidado com a presença de agentes no hospital logo após o socorro à menina, que morreu baleada em uma ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no Rio de Janeiro. 


Willian, que dirigia o veículo no Arco Metropolitano quando a criança foi atingida, na cabeça, no último dia 7, disse ter sido chamado para prestar depoimento enquanto a filha passava por procedimentos cirúrgicos.



“Não fui ameaçado, mas me senti intimidado. No dia do ocorrido, a gente estava no hospital. A Helô tinha passado pela primeira cirurgia, faltava mais uma, e eles queriam me tirar de lá de todo jeito, para prestar depoimento. Do lado de fora, tinha cerca de 28 PRFs. Nesse momento, me senti intimidado, sim. Eles não tiveram nem um pouco de respeito por aquele momento. Eu precisava saber se a minha filha iria sair viva ou não da cirurgia. Me lembro perfeitamente da frase do policial: ‘Você não é médico. Se você tiver aqui ou não, você não vai poder fazer nada’. Isso me entristeceu muito”, relembrou.


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Apesar do momento delicado com a filha internada, Willian contou ter ido à delegacia a pedido dos policiais:


“Nós fomos, mas a delegacia não estava aberta. Tive que voltar no outro dia, de manhã, quando fui levar as roupas para a minha esposa e comprar as coisinhas que o hospital havia pedido. Lá estavam eles de manhã e disseram que, se eu não fosse, iriam entender que eu não estava querendo ir. Nesse momento, me senti coagido. Na verdade, era para estarem ali confortando a gente nesse momento de covardia que eles fizeram com a gente.”



Willian esteve na sede do MPF, no centro do Rio, nesta terça-feira (19), para acompanhar a esposa, Alana Santos, no depoimento a procuradores sobre a investigação do caso.


Também é alvo de apuração a visita de um agente da PRF, no dia 9 de setembro, ao hospital onde Heloísa ficou internada. O policial à paisana foi flagrado em imagens do circuito interno no corredor da emergência pediátrica. Ainda não se sabe o motivo da ida dele à unidade de saúde.


Além do MPF, a Polícia Federal e a Corregedoria da PRF investigam a ação que levou à morte da criança. Na segunda (18), a Justiça Federal negou o pedido de prisão para os três agentes envolvidos na ocorrência, mas determinou que todos usem tornozeleira eletrônica.

noticia por : R7.com

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