Ao anunciar um novo ciclo de investimentos para as fábricas instaladas no Brasil, a General Motors não detalhou exatamente quais carros pretende lançar como fruto desse novo capital. No entanto, deu algumas pistas importantes sobre quais poderão ser os seus futuros lançamentos.
Observando quais foram os seus últimos passos aqui no Brasil, podemos prever estratégias similares para os próximos anos. Nossas apostas recaem sobre um portfólio com carros híbridos leves baseados no portfólio atual e alguns lançamentos realmente elétricos.
Há pouco mais de quatro anos, a GM lançou o Ônix, o primeiro produto baseado na plataforma GEM desenvolvida na China. Atualmente, o volume de vendas da Chevrolet está centrado em carros dessa plataforma: Onix, Onix Plus, Tracker e Montana, equipados com motores turbinados de 1.0 ou 1.2, além de opções 1.0 aspiradas nas versões de entrada do Onix.
No entanto, novamente na China, de onde provêm novidades como o novo Equinox destinado à venda nos Estados Unidos, existe um sedã com um sistema híbrido leve bastante conhecido: o Monza.
Este sedã é um pouco maior que o Onix, e o R7-Autos Carros já reportou sobre seu lançamento na China. O Chevrolet Monza apresenta um motor 1.3 de três cilindros, com 163cv e 23,5kgfm de torque, combinado com uma transmissão de dupla embreagem e seis marchas. Juntamente com esse motor, há um pequeno gerador com bateria conectado ao propulsor por uma correia. Esse sistema auxilia na redução da força necessária para partidas, contribui para acelerações suaves e ajuda a manter a rotação mais baixa no trânsito para otimizar o consumo de combustível.
Esse motor sozinho apresenta 10cv e 4kgfm de torque, não sendo suficiente para movimentar o carro por si só, mas desempenhando um papel crucial na redução da energia exigida durante o uso. O consumo do Monza chinês atinge 21km/l utilizando gasolina.
Mas o Chevrolet Monza vem para o Brasil?
É improvável. Ele é construído sobre a plataforma GM-PATAC K, que fornece a base para carros maiores na China. Isso poderia acontecer, mas a GM estaria, então, considerando novos SUVs e o próprio Monza para a América Latina.
Quem sabe o plano seja oferecer veículos maiores baseados nessa plataforma, como o Seekr, que tem feito sucesso na China. Outro dado importante é que o motor híbrido do Monza pertence à mesma família Ecotec que temos aqui. A solução já existe.
E ela poderia ser adaptada com sucesso para o nosso mercado, com os motores 1.0, 1.2 e, quem sabe, até o próprio 1.3 turbo equipando Tracker e Montana “híbridos”.
Assim, um Onix 1.0 turbo híbrido leve, bem como um Onix Plus com a mesma solução, seria bastante provável dentro de alguns anos. A GM disse que irá concluir o ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões nos próximos cinco anos.
O R7-Autos Carros perguntou diretamente ao presidente da GM Internacional, Shilpan Amin, sobre o fato de já termos um modelo híbrido compacto vendido na América Latina (o Monza já é comercializado no México). “Vamos continuar investindo no país, que é um importante polo exportador de veículos para a América do Sul. Não descartamos nenhuma solução e vamos investir continuamente em mobilidade para os nossos clientes”, afirmou Amin.
noticia por : R7.com