O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltou o cacique Serere Xavante, neste sábado, 9. O juiz do STF, contudo, determinou medidas cautelares para o indígena.
A Oeste, Geovane Pessoa, advogado do agora ex-detento, afirmou que o STF não o comunicou da soltura do cliente. “Fiquei sabendo por meio de uma colega”, disse Pessoa.
A partir de agora, o homem vai ter de usar tornozeleira eletrônica, além de outras limitações, como, por exemplo, não sair de casa em determinados horários, não dar entrevistas e usar redes sociais.
Prisão de Serere
Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal prendeu Serere, por supostamente participar de atos considerados antidemocráticos pelo STF. Na ocasião, o indígena se manifestou contra a eleição do então presidente eleito Lula. A Procuradoria-Geral da República (PGR) é a responsável pelo pedido.
De acordo com o STF, o cacique teria atentado contra a ordem pública durante manifestações em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde supostamente invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde estão Lula e Alckmin estavam hospedados. A defesa nega a autoria dos ataques.
Em maio deste ano, contudo, a PGR reiterou ao STF um pedido de soltura do indígena. Isso porque a procuradoria já não via mais necessidade de ele permanecer preso.
Oeste teve acessos às condições do cacique na cadeia. Relatos do advogado dão conta de depressão, magreza e visíveis sinais de tristeza.
Leia também: “Um indío esquecido na prisão”, reportagem publicada na Edição 169 da Revista Oeste
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].
noticia por : R7.com