Em uma virada surpreendente, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em alta de 0,12% aos 114.327 pontos na última quarta-feira do mês (27/9). Conseguiu, desta forma, escapar do quinto recuo consecutivo. Entretanto, esse cenário positivo não se estendeu ao dólar, que encerrou a sessão com um significativo aumento de 1,22%, cotado a R$ 5,047. Com essa valorização, a moeda americana alcançou seu maior valor desde 31 de maio, quando fechou a R$ 5,073.
O Ibovespa e o dólar ainda sofrem o efeito da possibilidade de manutenção de elevadas taxas de juros nos Estados Unidos. Esta situação eleva a atratividade dos títulos do Tesouro americano, os chamados Treasures, enquanto reduz o interesse do mercado global em ações de maior risco em bolsas de países emergentes, como é o caso da B3.
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Quais foram os destaques positivos e negativos do pregão?
Segundo Dierson Richetti, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, as grandes estrelas do pregão foram as petroleiras, como a Petroreconcavo, Petrobras e PRIO3. Este destaque foi motivado pelo avanço da cotação do petróleo no mercado internacional, com o barril do tipo Brent aumentando 2,09%, e fixado em US$ 94,36 para dezembro.
A disparada da Petrobras, que possui grande influência no Ibovespa, foi decisiva para retirar o pregão da chamada “zona vermelha”. Suas ações ordinárias (com direito a voto em assembleias) subiram 3,71% e as preferenciais (com preferência por dividendos), 3,17%. No lado oposto, os setores de varejo e consumo apresentaram resultados ruins, persistindo uma tendência negativa. Neste sentido, destacaram-se negativamente as Casas Bahia, Petz, Pão de Açúcar e Magazine Luiza.
O que influenciou a cotação dos papéis na B3?
O encerramento do mês também teve influência na cotação dos papéis na B3. É comum nesse período que os agentes econômicos realizem ajustes de posições, com a venda de ações. A valorização do dólar também pode ser compreendida nesse contexto.
Na mesma tarde, o índice DXY, que avalia a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, estava em alta de 0,45%. Este avanço está associado ao aumento das taxas dos títulos do Tesouro americano agora em setembro de 2023.
noticia por : R7.com