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Após negar diversas vezes a possibilidade de tomar a vacina contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro recentemente mudou de discurso e passou a admitir a possibilidade de ser imunizado. No sábado (3), ele voltou a afirmar que pode tomar a vacina.
“Da minha parte não tem problema nenhum buscar um posto de saúde e me vacinar agora que chegou a minha idade”, disse o presidente, que, aos 66 anos, já pode receber a imunização na rede pública de saúde do Distrito Federal.
“Eu já estou imunizado com o vírus. Se acharam que eu devo me vacinar eu vacino, sem problema nenhum. Mas acho que essa vacina minha tem que ser dada a alguém que ainda não contraiu o vírus e corre um risco muito maior do que eu”, observou o presidente.
No sábado, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), de 63 anos, tomou a primeida dose da vacina em um drive-thru de Petrolina (PE).
“Cada dose aplicada é um passo que damos para vencer a guerra contra a pandemia. Com o ritmo de imunização ganhando velocidade em todo o país, milhões de brasileiros também estarão protegidos nos próximos meses”, disse o senador.
Opinião de ministro
Questionado mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão de Jair Bolsonaro sobre a própria imunização é “pessoal e privada”. “Ele não me falou nada disso”, revelou em entrevista coletiva.
Em transmissão pelas redes sociais na última quinta-feira (3), Bolsonaro sinalizou que iria decidir sobre sua imunização quando o “último brasileiro for vacinado”. “Eu acho que o que deve acontecer, depois que o último brasileiro for vacinado, sobrando uma vacina, daí eu vou decidir se vacino ou não. Esse é um exemplo que um chefe tem que dar”, indicou.
Os ex-presidentes Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva já se vacinaram contra a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.