BRASIL

Bob Esponja com Covid? Biólogo faz sucesso na internet ao utilizar animações para explicar a disciplina


“Metade dos produtores do filme O Rei Leão são biólogos”, conta Carlos Stênio, 26 anos, biólogo e mestrando do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conhecido na internet por ensinar a disciplina com a ajuda de filmes e desenhos animados.


Stênio decidiu cursar a área quando descobriu que o criador da animação Bob Esponja era formado em biologia.



Apaixonado por desenhos animados, ele começou a fazer sucesso na internet no início de 2020, quando explicou a pandemia de Covid-19 justamente a partir de um episódio de Bob Esponja. Na história um vírus tomava conta da Fenda do Biquíni, cidade no fundo do mar habitada também por personagens como Patrick e Lula Molusco.


No mesmo ano, o biólogo lançou um ebook no qual ensinava os fundamentos da biologia cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio por meio de filmes. Um deles, por exemplo, destrinchava as relações da ecologia com obras como Vida de Inseto, Rei Leão, Monstros S.A. e Procurando Nemo.


O projeto foi uma parceria com a educadora Débora Aladim, dona de um dos canais educacionais mais populares do Brasil, e continha uma revisão para a prova de 2020. Stênio falou sobre biologia, enquanto Débora ensinou história e relacionou argumentos para a redação com o enredo dos longas.


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O biólogo tem 232 mil seguidores no TikTok e seu vídeo mais visto, no qual mostra o lagarto que inspirou o Pokemón Caterpie, da série de mangá, foi visualizado 6 milhões de vezes.


Segundo ele, os alunos aprendem com mais facilidade quando os professores adotam abordagens pedagógicas diferentes, que despertam a curiosidade e o pensamento crítico. 


Em seu mestrado, Stênio estuda como os filmes e a cultura pop podem ser utilizados como ferramentas no aprendizado das crianças. “A gente pensa que os filmes não as influenciam, mas tudo o que uma criança sabe sobre dinossauros é o que ela vê em Jurassic Park, não que ela lê em um artigo científico.”


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E a mesma lógica vale para os jovens e adultos. “Termos difíceis e complexos eu falo na hora de defender a minha tese de mestrado. Quando eu estou na internet, diluo as palavras para qualquer pessoa conseguir entender”, diz.


O biólogo também escreve ebooks sobre zoologia, biologia marinha e botânica a partir de histórias famosas. Em sua versão científica de Alice no País das Maravilhas, Stênio reconta o clássico de Lewis Carroll como se a protagonista fosse uma bióloga que é transportada para uma terra encantada quando consome um cogumelo alucinógeno.


Em seu tempo livre, ele dá palestras em escolas e faculdades. Mas parou de dar aulas quando começou a ficar famoso na internet. “Daqui a alguns anos, eu consigo levar essa minha forma de pensar para mais pessoas. Imagina um professor que dá aula de biologia na faculdade usando os personagens do Pokémon?”


* Sob supervisão de Vivian Masutti


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noticia por : R7.com

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