BRASIL

Barulho fatal: quando a alegria dos fogos de artifício cobre uma sombra de tristeza

Na calada da virada de ano em Cuiabá, a celebração foi ensombrada por uma tragédia de proporções inesperadas.

Theo, um leal companheiro canino, encontrou seu destino fatal ao pular do 8° andar durante a queima de fogos de artifício.

Este sombrio episódio destaca não apenas a perturbadora ameaça que os estrondosos fogos representam, mas também como essa explosão de alegria pode se transformar em uma sentença de morte, especialmente para animais.

O estrondo ensurdecedor dos fogos de artifício transcende a mera perturbação para animais como Theo, transformando-se em uma ameaça à própria vida.

A reação instintiva ao estrondo pode desencadear pânico, levando a decisões desesperadas, como o salto do alto de um prédio. Mesmo com leis destinadas a proteger essas vidas indefesas, a aplicação é frágil, deixando uma lacuna perigosa entre a legislação e a realidade.

O risco à saúde se estende também aos indivíduos com autismo, cuja sensibilidade sensorial torna a experiência dos fogos de artifício um verdadeiro tormento. O estampido inesperado, as luzes cegantes – são elementos de uma festividade que muitas vezes esquece que nem todos compartilham da mesma celebração.

A Lei Estadual nº 12.155/2023 em Mato Grosso, que proíbe fogos barulhentos, é um passo na direção certa, mas a falta de conscientização pública ainda permite que esses eventos pirotécnicos se tornem gatilhos para tragédias individuais.

O relato angustiante de Brenne Abrantes, tutor de Theo, é um eco desesperado para uma sociedade que precisa despertar para os perigos subjacentes à euforia das celebrações.

O brilho efêmero dos fogos de artifício pode ser transformado em uma sentença de morte para aqueles que não podem compreender o motivo dessa explosão de ruído.

O episódio trágico de Theo vai além de uma mera fatalidade isolada. Ele ressalta a necessidade urgente de compreender o impacto significativo que os fogos de artifício têm nos animais, especialmente cães com sua audição aguçada. A legislação destinada a proibir fogos ruidosos surge como uma tentativa de mitigar esses riscos, mas a lacuna entre a teoria e a prática é evidente.

Além disso, a experiência de pessoas com autismo durante eventos pirotécnicos é muitas vezes subestimada. A sensibilidade sensorial exacerbada pode transformar a celebração festiva em um desafio emocional, onde a ansiedade, crises sensoriais e o isolamento social tornam-se reações comuns.

A história de Theo é uma chamada urgente para uma reflexão coletiva sobre como celebramos. A busca pela alegria não deve resultar em tragédias evitáveis. É imperativo que a sociedade, autoridades locais e legisladores considerem não apenas a proibição de fogos ruidosos, mas também a implementação efetiva dessas leis para garantir um ambiente seguro e inclusivo para todos.

Adicionalmente, é crucial destacar alternativas mais amigáveis, como o uso de fogos de artifício silenciosos, que preservam a beleza da celebração sem comprometer a segurança e o bem-estar dos animais e pessoas com necessidades especiais.

 

noticia por : R7.com

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