A Polícia Civil prendeu um pastor de 47 anos por abuso sexual cometido contra uma adolescente e a mãe dela. Ele foi preso em uma residência localizada nos fundos da igreja, em Água Boa (735 km de Cuiabá) onde atuava como líder religioso. O mandado de prisão foi decretado pelo juízo da Comarca de Cocalinho, com parecer favorável do Ministério Público.
A Delegacia da Polícia Civil em Cocalinho instaurou um inquérito para apurar a conduta do líder religioso após ser comunicada sobre o abuso sexual sofrido pela adolescente de 14 anos. Ouvida em escuta especializada, com acompanhamento psicossocial, a vítima relatou que foi abusada sexualmente pelo pastor em duas ocasiões, a última delas no dia 25 de dezembro, quando estava na residência dele. O primeiro estupro ocorreu em outubro.
Conforme a investigação, a mãe e a adolescente passaram a morar em uma residência da igreja, fornecida pelo pastor e onde ele ficava aos finais de semana. A adolescente relatou que no mês de outubro deste ano, durante uma das noites em que o suspeito dormia na residência, ele foi estuprada pelo religioso e depois pediu ‘perdão’ a ela durante um culto, se dizendo arrependido pelo que havia feito.
Em dezembro, ele voltou a assediar sexualmente a vítima, constrangendo-a a praticar com ele atos libidinosos, desta vez em Água Boa.
A mãe da menor declarou durante depoimento que também foi vítima das investidas sexuais do pastor, que chegou a tocá-la e depois fez ligações com propostas sexuais.
“Com base nas declarações das vítimas ficou evidente a periculosidade do investigado que, valendo-se de sua posição hierárquica religiosa, e sobretudo, da vulnerabilidade da vítima, que além de menor, dependia da residência para moradia”, pontuou o delegado Matheus Augusto Soares.
Com base nos elementos coletados durante a investigação, o delegado representou à Justiça no dia 29 deste mês, pela prisão preventiva do pastor, que foi preso nesta sexta-feira. “Foi uma atuação onjunta dos órgãos de persecução penal para que fosse dada a devida resposta diante do crime cometido pelo investigado”, finalizou o delegado Matheus Augusto.