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O candidato ao Senado Neri Geller (PP) tentará recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a cassação do seu registro de candidatura. Segundo Geller, o pedido deve ser protocolado ainda nesta quinta-feira (29) para garantir a contabilização dos votos que receber no próximo domingo (2).
O impedimento à candidatura é fruto da cassação de Neri da Câmara dos Deputados. O parlamentar teve o mandato interrompido sob a acusação de abuso do poder econômico nas eleições de 2018.
Com a perda da cadeira, Geller se tornou inelegível. A princípio, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) firmou entendimento de que o então deputado não estaria impedido de concorrer ao Senado nas eleições de 2022. O Ministério Público recorreu à Corte Superior, que barrou o registro de candidatura.
À imprensa, Geller insistiu que a cassação do mandato teve como base o recebimento de recursos provenientes da sua atividade como produtor rural e que não foram aplicados na campanha de 2018. O candidato também adiantou que seus advogados trabalham em recurso que será apresentado no STF. A expectativa, segundo Neri, é de concorrer sub judice até que os ministros da Suprema Corte deem o veredito final.
“Eu vou recorrer ao Supremo. O meu voto vai valer. Posso concorrer sub judice, mas meu nome vai estar na urna, eu vou disputar eleição, vou ganhar e depois a Justiça vai reparar o erro que aconteceu”, alegou.
O candidato também aproveitou a presença da imprensa para acusar o principal adversário na disputa, Wellington Fagundes (PL) de estar trabalhando “nos bastidores” para impedir a sua candidatura.
“Eu vou recorrer até a última instância. Sabe por que? Porque estou 100% certo. Não tenha dúvida que [o Judiciário] foi induzido ao erro. Eles estão com medo, sabem que vamos ganhar a eleição porque nós estamos sendo gigantes”, disse.