O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta sexta-feira (22) que os novos estudos sobre o horário de verão, solicitados ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não identificaram economia significativa de energia e, por isso, entende não haver benefício na sua aplicação. A nova avaliação sobre a adoção do horário de verão, que foi encerrado em 2019, foi pedida em razão da atual conjuntura hidroenergética e do momento de crise hídrica pelo qual o país vem passando.
– A redução observada no horário de maior consumo, ou seja, das 18h às 21h, é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã – concluiu o ONS, segundo informou o MME em nota divulgada nesta sexta. Além disso, continua, pelas prospecções realizadas pelo Operador, “não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia”.
A avaliação do Ministério é de que a aplicação do horário de verão não produz resultados na redução do consumo nem na demanda máxima de energia elétrica ou na mitigação de riscos de déficit de potência.
– Desta forma, considerando análises técnicas devidamente fundamentadas, o MME entende não haver benefício na aplicação do horário de verão e que as medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) têm se mostrado suficientes para garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na transição do período seco para o período úmido – apontou a pasta.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já tinha indicado no final de setembro que a tendência era de o governo não retomar o horário de verão nos próximos anos. Na ocasião, ele disse que os hábitos de consumo de energia no Brasil e no mundo mudaram e não havia necessidade do horário de verão do ponto de vista de economia de energia.
*AE