Gazeta Digital
Atualizada às 18h05) A prefeitura de Cuiabá se manifestou sobre a determinação da Justiça em torno da volta às aulas presenciais na Capital. Por meio de nota, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse considerar “temerária” a medida. Veja posicionamento na íntegra no rodapé da matéria.
A Justiça determinou o retorno das aulas presenciais em Cuiabá a partir do próximo dia 8. A decisão, divulgada nesta terça-feira (31), foi determinada após manifestação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Conforme consta no documento, as atividades deverão retorno por meio do sistema híbrido de ensino, que conta com aulas presenciais e também pelo método remoto de ensino.
Caso a medida seja descumprida, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deverá pagar multa diária no valor de R$ 100 mil. Contudo, caso seja comprovado necessidade epidemiológica as aulas deverão ser novamente suspensas.
De acordo com informações, o Executivo não apresentou provas justificativa que sustentasse a necessidade de “continuar prorrogando a reabertura das escolas públicas”. A decisão é adotada quase um mês após o retorno da rede estadual.
Críticas do governo
O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo citou um “prejuízo substancial” quanto à manutenção das aulas em regime estritamente remoto em Cuiabá.
À imprensa, na manhã desta terça-feira, o gestor apontou que o não retorno das atividades presenciais na Capital afeta não somente aos estudantes, mas também às suas famílias.
“É uma Capital, tem um grande contingente de alunos precisando voltar às salas de aula e isso compromete muito inclusive a vida dos pais que precisam de uma creche, de uma escola e os filhos também precisando voltar o mais rápido possível as atividades normais”, pontuou.
“Entendo que já houve um prejuízo substancial no processo de ensino aprendizagem. As crianças precisam voltar às aulas e não temos ainda um indicativo que mostra que o retorno às aulas seja significativo para o aumento no número de casos”, acrescentou.
O apontamento de Gilberto foi feito durante cerimônia de entrega de cadeiras de rodas no Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), em Várzea Grande.
Conforme noticiado pela reportagem, o Estado determinou o retorno via sistema híbrido das unidades de ensino estaduais no início deste mês. Contudo, em Cuiabá, o prefeito afirmou que a volta às aulas só se dará após a imunização completa dos profissionais da Educação.
Veja manifestação da prefeitura:
“-Oficialmente, desconhece decisão judicial em caráter liminar obrigando o município o de Cuiabá a promover o retorno das atividades educacionais na forma presencial híbrida na rede pública de ensino a partir do dia 08 de setembro;
-Reitera que o entendimento pela manutenção das atividades remotas, sempre respaldou-se no intento de salvar e preservar vidas já que o universo na educação municipal abarca a 54 mil alunos matriculados, com cerca de 7,3 mil profissionais o que representa um enorme quantitativo de pessoas em um mesmo ambiente;
-A gestão sempre buscou assegurar o retorno das aulas presenciais até que todos os profissionais da Educação estivessem imunizados (esquema vacinal completo, com primeira e segunda doses aplicadas), previsto até a data de 01 de outubro, com o início das aulas híbridas a partir do dia 04 de outubro;
-Hoje, 99,34% dos profissionais já receberam a primeira dose e aguardam o período normativo para a aplicação da segunda;
-Sempre manteve a preocupação com os estudantes em situação de vulnerabilidade social sendo o município precursor na distribuição de mais de 52 mil kits de alimentação aos estudantes beneficiados com o Bolsa Família;
-Diante do exposto e mesmo sem conhecimento oficial, manifesta-se considerando como temerária a medida.”