O Bradesco teve um lucro líquido recorrente de R$ 19,554 bilhões em 2024, um ganho de 20% em relação ao ano anterior, informou o banco nesta sexta-feira (7).
No quarto trimestre, apenas, o resultado teve um salto de 87,7% ante o mesmo período de 2023, para R$ 5,4 bilhões. O número veio levemente acima da projeção de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 5,3 bilhões.
O ROAE (retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido médio anualizado), indicador de rentabilidade do banco, O ROAE subiu de 11,3% para 11,7% do terceiro trimestre ara o quarto. Em relação ao fim de 2023, o ganho foi de 1,7 ponto percentual.
O Bradesco tenta recuperar a sua forma pré-pandemia, quanto o ROAE era superior a 20%, com um novo presidente desde novembro de 2023. Além de mudanças estruturais internas, com troca de diretoria, a instituição está remodelando seus produtos, com maior foco nos mais rentáveis e menos arriscados.
A margem financeira evidencia a estratégia. Ela somou R$ 63,726 bilhões em 2024, uma queda anual de 2,3%. No entanto, a margem financeira líquida subiu 32,7% no mesmo período, para R$ 34 bilhões.
“Aproveitamos oportunidades para crescer significativamente em linhas de alta margem líquida, mesmo que tivessem spreads menores. Além de lucro mais alto, essas oportunidades nos permitiram fechar o ano com o maior percentual de linhas com colateral na nossa carteira de crédito desde pelo menos 2018”, afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em comunicado.
Folha Mercado
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A carteira de crédito total do banco teve um ganho de 11,9%, para R$ 981,7 bilhões, puxado pelo crédito pessoal e rural na pessoa física e pelo financiamento imobiliário na pessoa jurídica.
O índice de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,2 ponto percentual no trimestre e 1,1 ponto percentual em um ano, indo a 4%.
Já a PDD (provisão para créditos de liquidação duvidosa) caiu 25% no ano, para R$ 29,688 bilhões.
Para 2025, o banco disse que já reduziu o apetite ao risco na concessão de crédito, dada a piora no cenário macroeconômico.
“Nossa opção é por garantir a sustentabilidade da nossa jornada, evoluindo com segurança e mantendo o custo de crédito sob controle”, afirmou Noronha.
Já o braço de seguros do Bradesco teve um lucro líquido anual de R$ 9,1 bilhões, o maior da série histórica, com ROAE de 22,4%. As receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização atingiram R$ 121,1 bilhões, representando 13,6% de crescimento perante 2023.
noticia por : UOL