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Por que Tietê não corre para o mar, como outros cursos d'água fazem

Primeira queda d'água do rio Tietê, 10 metros abaixo da sua nascente, em Salesópolis (SP)
Primeira queda d’água do rio Tietê, 10 metros abaixo da sua nascente, em Salesópolis (SP) Imagem: Juca Varella/Folhapress

Terreno influencia na capacidade do Tietê ser “autolimpante”. Após seu trecho mais alto, o Tietê segue um caminho natural com quedas relativamente grandes e que contribuem para sua autodepuração, aponta a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A autodepuração é justamente a capacidade de um corpo d’água de se livrar de impurezas.

Na prática, ao se distanciar de São Paulo, o rio recebe progressivamente menos descargas de esgoto e possui um fluxo de água mais intenso. Com a correnteza mais forte e menos lixo, a água acaba recuperando seu ecossistema natural de fungos e bactérias que decompõem a matéria orgânica e produzem oxigênio, apontou um estudo da Universidade de São Paulo.

Oxigênio é o ponto de partida para a restauração da vida de espécies ao longo do rio. Além disso, a força das águas o torna navegável e até fonte de energia hidrelétrica em alguns pontos. Ou seja, o Tietê pode ter uma aparência bem diferente daquela da capital ou até a de sua nascente em diferentes trechos.

Rio atípico foi essencial para a colonização de São Paulo e do Brasil

Justamente porque o Tietê anda “para trás”, ele facilitou que bandeirantes navegassem pelo interior do estado e em regiões vizinhas. No século 18, o Tietê se tornou uma importante rota fluvial e colaborou para a formação de cidades de São Paulo a Mato Grosso. Hoje, ele passa por 62 municípios paulistas.

noticia por : UOL

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