MUNDO

"Trump insultou nosso povo", diz embaixadora da Palestina na França

A proposta também seria “inaceitável”, declarou a embaixadora. Para ela, a solução dos dois Estados “é a única possível”, como defendem muitos países, inclusive a França. “Hoje a comunidade internacional, que criticou as declarações, tem a responsabilidade de agir e usar os mecanismos jurídicos e pacíficos do Direito Internacional e sancionar Israel, além de reconhecer o Estado Palestino”, declarou. 

“É preciso assegurar a proteção do povo palestino, que é vítima de crimes de guerra e de genocídio. Estamos falando de Gaza, mas não podemos nos esquecer do que está acontecendo na Cisjordânia. A expulsão forçada dos palestinos dos territórios ocupados é o objetivo de Israel. A Knesset (Parlamento israelense) votou contra a criação de um território palestino”, lembrou. Segundo ela, essa é a única solução para obter a estabilidade e a paz na região.

Limpeza étnica 

Qualquer transferência forçada ou deportação dos territórios ocupados é eestritamente proibida”, disse o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, nesta quarta-feira (5). “O direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os Estados, como recentemente sublinhado pela Corte Internacional de Justiça”, disse.

O representante da ONU faz referência ao artigo 49.º da Convenção de Genebra relativa à Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra, que estipula que “as transferências forçadas, em massa ou individualmente, bem como as deportações de pessoas protegidas do território ocupado para o território da potência ocupante ou para o de qualquer outro Estado, ocupado ou não, são proibidos, seja qual for o motivo”.

O texto acrescenta que “a potência ocupante pode proceder à evacuação total ou parcial de uma determinada região ocupada se a segurança da população ou razões militares imperativas assim o exigirem”. Mas isso depende de certos critérios. “As evacuações só podem levar ao deslocamento de pessoas protegidas dentro do território ocupado, exceto em casos de impossibilidade material” e a população evacuada “será trazida de volta às suas casas assim que as hostilidades neste setor terminarem”, disse Türk, citando a Convenção de Genebra.

noticia por : UOL

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