MUNDO

Venezuela libera seis americanos após reunião entre Maduro e enviado de Trump

As autoridades venezuelanas libertaram seis americanos nesta sexta-feira (31), após uma reunião em Caracas entre o ditador Nicolás Maduro e um enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Acabo de ser informado que estamos trazendo seis reféns de volta para casa desde a Venezuela”, publicou Trump na plataforma X (antigo Twitter). Pouco antes, o enviado dos EUA, Richard Grenell, divulgou uma foto com os seis libertados a bordo de um avião, embora suas identidades não tenham sido reveladas.

O encontro entre Maduro e Grenell marca uma tentativa de reconstruir as relações, rompidas desde 2019. Maduro defendeu um “novo começo” nas relações entre Venezuela e Estados Unidos, afirmando que “o que precisar ser corrigido será corrigido, e o que precisar ser feito será feito”.

Maduro descreveu a reunião como “positiva”, destacando acordos iniciais que podem abrir caminho para novas discussões. “Demos um primeiro passo, e esperamos que possa ser mantido”, disse durante a abertura do ano judicial.

Os Estados Unidos formalmente não reconhecem a reeleição de Maduro para um terceiro mandato (2025-2031). O secretário de Estado Marco Rubio reiterou apoio a Edmundo González Urrutia, que reivindica vitória nas eleições presidenciais anteriores.

Apesar das tensões, o governo de Joe Biden já havia iniciado negociações diretas com Caracas, que resultaram na libertação do empresário colombiano Alex Saab em troca de 10 prisioneiros americanos e cerca de 20 venezuelanos no final de 2023.

Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina, afirmou durante uma coletiva de imprensa que Grenell exigiu que Maduro aceitasse termos para a repatriação de “criminosos e membros de gangues venezuelanos”.

O governo de Trump declarou a gangue Tren de Aragua uma organização terrorista, esperando que Maduro aceite de volta todos os criminosos venezuelanos sem condições. “Se isso não acontecer, haverá consequências”, alertou Claver-Carone.

Trump indicou que os EUA “provavelmente deixarão de comprar petróleo da Venezuela”. Vários congressistas republicanos pediram o cancelamento de licenças que permitem que empresas como a Chevron, a espanhola Repsol e a francesa Maurel & Prom operem na Venezuela, apesar do embargo de petróleo imposto durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021).

A administração Trump lançou operações em várias cidades e revogou uma proteção migratória conhecida como TPS, que beneficiava mais de 600 mil venezuelanos. As deportações provocaram tensões diplomáticas, com a Colômbia se recusando a aceitar um voo militar que transportava migrantes algemados.

A situação na Venezuela continua sendo um tema-chave na próxima turnê de Marco Rubio por Panamá, Costa Rica, El Salvador, Guatemala e República Dominicana. Claver-Carone enfatizou que esses países são “aliados” na condenação do que descreveu como “eleições roubadas” por Maduro.

noticia por : UOL

Facebook
WhatsApp
Email
Print
Visitas: 46 Hoje: 46 Total: 9346353

COMENTÁRIOS

Todos os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não representam a opinião deste site.