Gazeta Digital
Khayo Ribeiro
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuir aos Estados a alta no preço da gasolina e do gás de cozinha, o governo de Mato Grosso apontou que não aumentou a cobrança e segue aplicando o mesmo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Conforme noticiado pela reportagem, Bolsonaro cumpre agenda no estado nesta quinta-feira (19) e participou pela manhã do Seminário Regional de Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade do Centro-Oeste, no Hotel Fazenda Mato Grosso.
No evento, o chefe do Executivo disse que a gasolina está barata e negou que o preço do botijão de gás de cozinha seja R$ 130, conforme divulgado em boletim da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Segundo o presidente, a União zerou os impostos federais incidentes sobre o gás de cozinha e apontou que o preço da gasolina é de R$ 1,95, sendo que o restante seria referente ao ICMS, frete e margem de lucro.
Poucas horas após a fala do presidente, que repercutiu nacionalmente, o governo de Mato Grosso emitiu publicação na qual afirma que não aumentou o imposto incidente sobre os combustíveis. Além disso, segundo o Estado, o ICMS do gás de cozinha é o mesmo praticado há 10 anos.
“A alta nos preços sentida pelos consumidores, no caso dos combustíveis, se deve à política de preços praticada pela Petrobras, que faz com que os valores do litro dos combustíveis sofram reajustes de acordo com a variação cambial”, apontou o governo.
“Com relação ao gás de cozinha, a alta se dá em função da margem de lucro praticada pelas empresas, que saltou de R$ 31,47 para R$ 38,37 desde fevereiro de 2021”, alegou o Estado.
Conforme noticiado pela reportagem, a gasolina passou por 9 aumentos somente neste ano e, em Mato Grosso, o preço do botijão de gás é o maior do país.