Em boletim médico divulgado na tarde de quarta-feira, o hospital informou que Lula passaria na manhã desta quinta por procedimento de embolização de artéria meníngea média como uma “complementação” da cirurgia no crânio a que se submeteu na madrugada de terça.
Também na quarta, Kalil disse que a complementação da cirurgia já vinha sendo aventada pela equipe médica e vai servir para minimizar o risco de novos sangramentos. Ainda de acordo com o médico, o procedimento é parte dos protocolos atuais e é considerado de baixo risco.
Lula foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira para drenar um hematoma no crânio, resultado de um tombo no banheiro do Palácio da Alvorada sofrido em outubro quando bateu a cabeça e precisou colocar pontos no local do ferimento. Na ocasião, o presidente teve que cancelar viagens internacionais por determinação médica.
Ele deu entrada na unidade do Sírio-Libanês em Brasília na segunda-feira queixando-se de dor de cabeça, e exames detectaram a presença do hematoma entre o cérebro e a membrana meníngea.
A internação de Lula gerou preocupações para o governo, em um momento em que o Executivo tem uma agenda extensa de propostas legislativas que precisa aprovar no Congresso nas últimas semanas deste ano, entre elas a regulamentação da reforma tributária e o pacote de corte de gastos.
O mais recente episódio envolvendo a saúde de Lula, que teve um câncer na laringe diagnosticado em 2011 e do qual se livrou no ano seguinte, também gerou incertezas sobre a sucessão presidencial de 2026, quando, aos 81 anos de idade, ele poderá tentar a reeleição e buscar um quarto mandato na Presidência. Lula também passou por uma cirurgia no quadril em 2023.
noticia por : UOL