O pastor Silas Malafaia chamou de “absurda e vergonhosa” a prisão do general Walter Braga Netto, e descreveu a “história do pseudogolpe” como a “maior perseguição política da história do Brasil”. As declarações ocorreram em vídeo publicado nesta segunda-feira (16) pelo líder cristão em suas redes sociais.
Malafaia iniciou suas considerações citando o versículo bíblico registrado em Hebreus 13:6, que, de acordo com ele, norteia suas decisões. O trecho diz que “o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que o homem me possa fazer”.
– Conversa entre dois generais de um ano e meio atrás não é fato novo, nem tampouco é fato concreto. Conversa não é fato concreto, não tem materialidade, onde é que está que Braga Netto tentou impedir? (…) Esse inquérito foi concluído há mais de dez dias, indiciando mais de 30 pessoas e enviado ao MP. Como alguém agora pode ser preso por obstrução de uma investigação que já foi concluída? A prisão de Braga Netto é imoral, ilegal e mancha o Judiciário – classificou.
Ao analisar o caso, Malafaia se baseou nas considerações do professor de mestrado em direito penal e PhD em Direito, Rodrigo Chemin. O especialista em questão avalia que “a Lei 13.964, de 2019, que inseriu o parágrafo segundo no artigo 312 e o parágrafo primeiro no artigo 315, ambos do Código de Processo Penal (CPP), exige para a decretação de prisão preventiva de alguém, a demonstração de existência concreta de fatos novos ou contemporâneos, que justifiquem a aplicação da medida adotada”.
Antes de encerrar, o pastor afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) se tornou uma “confraria de amigos para proteger o ditador da toga”, ministro Alexandre de Moraes, e direcionou uma mensagem direita ao magistrado.
– Eu quero declarar em nome de Jesus, Alexandre de Moraes, vai chegar a sua vez. Ou pelo supremo poder de uma nação, que é o povo, ou pelo Supremo Poder do Universo, que é Deus. Quando os homens pensam que estão em segurança vem repentina destruição. Deus é o Supremo Juiz, e você vai acertar contas ou com o povo, ou com Deus – alertou.
