O Walmart, maior rede varejista do mundo, está reduzindo suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).
A empresa confirmou que não renovaria um compromisso de cinco anos para manter um centro de equidade racial criado após a morte de George Floyd, em 2020, se retiraria de um índice de que mede a “inclusão” no local de trabalho e iniciaria o rastreamento de varejistas terceirizados para encerrar a venda de itens “transgêneros” para menores (como cintas peitorais usadas para esconder os seios).
Ainda segundo a AP, o Walmart também deixará de dar tratamento prioritário a fornecedores com base em fatores DEI, como raça ou gênero.
“Nosso propósito é ajudar as pessoas a economizar dinheiro e viver melhor. Esse tem sido nosso norte desde a nossa fundação, há 62 anos, e continua a nos guiar hoje”, disse a companhia em um comunicado.
“Estamos dispostos a mudar junto com nossos associados e clientes que representam os EUA. Estamos em uma jornada e sabemos que não somos perfeitos, mas cada decisão vem do desejo de promover um senso de pertencimento e ser um Walmart para todos.”
Várias corporações têm recuado silenciosamente em suas práticas de DEI em meio à intensa pressão pública e legal de consumidores e acionistas. O presidente eleito Donald Trump também criticou essas políticas e prometeu erradicar a ideologia woke.
No último dia 15 de novembro, um grupo de consultores de investimentos enviou cartas paras várias das maiores corporações dos Estados Unidos alertando-as de que seus programas de diversidade se tornarão uma desvantagem quando Trump retornar à Casa Branca.
Várias empresas enfrentaram reações negativas por apoiar iniciativas DEI e LGBTQ, incluindo a rede de varejo Target, que relatou em agosto de 2023 que estava reduzindo suas expectativas de vendas e lucro para o resto do ano após ser criticada pelo lançamento de produtos LGBTQ para crianças.
A Target anunciou em maio que venderia sua coleção LGBTQ “Pride” apenas online e em lojas selecionadas após boicotes terem custado ao varejista quase US$ 13 bilhões em valor de mercado no verão anterior.
Os preços de suas ações também caíram em 2016 em meio a novos boicotes, iniciados pela introdução de uma política que permitia aos clientes escolher o provador ou o banheiro que se alinhava com sua identidade de gênero.
As vendas da cerveja Bud Light diminuíram em milhares de bares e restaurantes nos EUA após a marca fazer parceria com a influenciadora transgênero Dylan Mulvaney, em 2023. A empresa também foi boicotada por parte dos consumidores e perdeu US$ 1,4 bilhão em vendas no país naquele ano.
Outras grandes companhias recuaram recentemente em políticas relacionadas a DEI, incluindo Lowe’s, Ford e Stanley Black & Decker. E mesmo a fabricante de aviação Boeing eliminou toda a sua divisão de diversidade em outubro.
“Esta é a maior vitória até agora do nosso movimento para acabar com a cultura woke nas corporações americanas”, escreveu o ativista conservador Robby Starbuck em um post no X.
noticia por : Gazeta do Povo