MUNDO

Governo quer criar 100 unidades de atendimento no país após STF descriminalizar maconha

O governo federal quer chegar em 2025 a pelo menos cem unidades espalhadas pelo país com equipes multidisciplinares para atendimento a usuários de drogas. A iniciativa da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos) busca adaptar o país à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal.

Segundo a titular da Senad, Marta Machado, o trabalho envolve a abertura dos chamados Cais (Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social) e parcerias com estados e municípios para integrar as equipes a serviços locais. A lógica é tirar a questão dos dependentes do âmbito da repressão e levá-la para o acolhimento, com detecção de fatores de risco para dependência e políticas de redução de danos, diz ela.

Nesta terça-feira (26), o Ministério da Justiça, ao qual a Senad está vinculada, lança um prêmio para reconhecer medidas inovadoras na área de política sobre drogas. Um dos focos é contemplar projetos que considerem o recorte étnico-racial, já que há evidências de preconceito racial na abordagem a usuários.

O Comitê Interdisciplinar de Políticas sobre Drogas, criado pelo Judiciário e coordenado pelas médicas Ludhmila Hajjar e Camila Magalhães Silveira, passou a assessorar as discussões. O grupo também atua com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e defende protocolos nacionais para o treinamento das polícias, adaptação das redes de saúde e assistência a usuários e famílias.

Segundo Ludhmila, as propostas se espelham no exemplo de Portugal. Há alguns dias, um dos idealizadores da política de descriminalização de drogas no país, o médico João Goulão, que é consultor do comitê, esteve em conversas com autoridades do Judiciário e do governo em Brasília.

“Nossa proposta é que o Brasil passe a olhar a questão das drogas como tema de saúde pública”, diz Ludhmila, falando na necessidade de ter protocolos de abordagem e tratamento para dependentes e defendendo um olhar “mais humanitário e acolhedor” sobre as pessoas atingidas.

TELA

A artista plástica Pinky Wainer recebeu convidados na abertura de sua nova exposição, na sexta-feira (22), no Projeto Vênus, na região central da capital paulista. O proprietário da galeria, Ricardo Sardenberg, o advogado e marido da artista, Zuca Pinheiro, o fotógrafo e curador da exposição, Eder Chiodetto, o jornalista e colunista da Folha José Simão e a atriz Isabel Teixeira marcaram presença.

com JOELMIR TAVARES, KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH


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noticia por : UOL

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