O MDS sustenta que, desta vez, a aliança vai prosperar e obter resultados concretos. Em um primeiro momento, serão criados dois escritórios: um em Brasília, na sede do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e outro em Roma, na FAO. A ideia é, após um ano, fazer um balanço dos resultados alcançados.
A aliança estabeleceu um “conselho de campeões”, formado por países e instituições que terão a missão de ajudar a operacionalizar a iniciativa. Hoje, o grupo é composto por Brasil, Bangladesh, China, Alemanha, Noruega, Portugal, África do Sul, Reino Unido. Também fazem parte União Europeia, instituições multilaterais como a FAO e o BID.
A Aliança reprioriza o combate à fome e à pobreza na agenda internacional. É a possibilidade de cooperar em um mundo que não coopera mais. Um suspiro para esse multilateralismo que está se afogando. O salto é menor do que anunciado. Mas, ao mesmo tempo, são nessas pequenas coisas em que é importante avançar hoje.
Laura Waisbich, pesquisadora do Articulação Sul, foi diretora do Centro de Estudos Brasileiros de Oxford
A ideia da Aliança é fazer um grande esforço conjunto para recuperar o ritmo para atingir as metas 1 e 2 dos Objetivos do Milênio, da ONU (erradicar a pobreza e acabar com a fome até 2030). Durante a pandemia, o mundo retrocedeu na trajetória rumo a essas metas.
Rafael Osorio, pesquisador do Ipea, que participa da estruturação da Aliança
Carteira de empréstimo de US$ 25 bilhões
Nove instituições financeiras também aderiram à aliança. Entre elas o BID, o Banco Mundial, o Banco dos Brics (dirigido pela ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff), além de bancos de desenvolvimento e investimento da Europa e da Ásia.
noticia por : UOL