DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
Por meio de nota, o vereador e candidato a reeleição em Cuiabá, Paulo Henrique (MDB) rechaçou nesta sexta-feira (27), as denúncias que o envolvem em um esquema de lavagem de dinheiro de uma facção criminosa por meio de shows e casas noturnas na Capital. O parlamentar foi alvo, na última semana, da Operação Pubblicare deflagrada pela Polícia Federal.
A ação é um desdobramento da Operação Ragnatela deflagrada há alguns meses, ocasião em que o parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Narra o inquérito policial, que o vereador seria um dos líderes do esquema e teria embolsado cerca de R$ 1,2 milhões. A informação é que ele usava da sua influência política junto à Secretaria de Ordem Pública, onde é servidor de carreira, para garantir a liberação de licenças e alvarás para eventos organizados por uma facção.
De acordo com o comunicado elaborado por sua defesa, Paulo Henrique afirma que as acusações contra si são equivocadas e não passam de “fatos desconexos”.
“Ressalta que jamais teve qualquer ligação com membros de organização criminosa ou de qualquer facção, repelindo como insubsistente as graves e equivocadas acusações“, diz trecho de nota.
“Tais ilações infundadas não passam de fatos desconexos, insinuações vazias e generalizadas, não passando de acusações lacônicas, não podendo ser responsabilizado por fatos de terceiros“, emendou.
A defesa pontua ainda que a prisão do vereador foi “desnecessária” e que a medida cautelar foi revertida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Um dos destaques na investigação é a movimentação financeira de Paulo Henrique, considerada incompatível com sua renda declarada. A nota à imprensa, no entanto, não oferece explicações detalhadas sobre as discrepâncias financeiras.
Por fim, afirmam que Paulo Henrique está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.
Integra da nota:
A defesa técnica do vereador Paulo Henrique de Figueiredo vem, em razão de recentes matérias veiculadas na
imprensa, esclarecer que:
1 – O vereador Paulo Henrique já havia se colocado à disposição das Autoridades para os esclarecimentos
necessários desde a deflagração da 1ª Fase da “Operação Ragnatela”, sendo certo que naquele momento não
sofreu nenhum pedido de prisão cautelar e também não teve qualquer indiciamento em seu desfavor, causando absoluta estranheza a imputação de fatos contra si;
2 – No âmbito da deflagração da 2ª Fase da “Operação Ragnatela” (“Operação Pubblicare”), de modo equivocado, teve contra si insubsistente pedido de prisão cautelar, que, liminarmente foi revogado por ordem do eg. TJMT, notadamente havendo o reconhecimento de que a prisão foi totalmente desnecessária, excessiva e desprovida de fundamentação, por fatos não contemporâneos e ausência de justa causa;
3 – Na data de hoje (27.09.2024), o vereador Paulo Henrique já prestou os esclarecimentos necessários às
Autoridades, onde repeliu como manifesta improcedência as acusações contra si irrogadas, inclusive, respondeu com absoluta tranquilidade e isenção a todos os questionamentos que lhe foram formulados;
4 – Os fatos imputados não dizem respeito ao cargo de vereador e as funções desempenhadas, reafirma que não utilizou o cargo para suposto prestígio ou influência visando fornecer licenças e alvarás para shows, tampouco possui qualquer ingerência nesse sentido, não detendo nenhum poder para as referidas licenças e muito menos possui qualquer influência sobre os fiscais ou sobre os fatos imputados;
5 – Ressalta que jamais teve qualquer ligação com membros de organização criminosa ou de qualquer facção,
repelindo como insubsistente as graves e equivocadas acusações. Tais ilações infundadas não passam de fatos desconexos, insinuações vazias e generalizadas, não passando de acusações lacônicas, não podendo ser responsabilizado por fatos de terceiros;
6 – Por fim, o vereador Paulo Henrique está com sua consciência tranquila, estando inteiramente à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, confiando no Poder Judiciário para comprovar a sua inocência.
Ricardo S. Spinelli e Vinicius Falcão
FONTE : ReporterMT