Pablo Rodrigo
Gazeta Digital
O governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deverão ser investigados por conta da realização de 5 jogos da Copa América 2021 na Arena Pantanal entre os dias 13 e 28 deste mês.
O subprocurador Carlos Alberto Vilhena, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF), encaminhou ofícios para os estados que receberão o evento.
O objetivo das investigações, é verificar se governadores e prefeitos estão das cidades-sedes estão “colaborando com as violações ou ao menos por se omitir do dever de prevenção a condutas transgressoras de direitos humanos no contexto de atividades empresariais e do dever de proteção contra comportamentos atentatórios a mencionados direitos fundamentais”, diz trecho do documento revelado pelo jornal Folha de São Paulo.
A ação ainda visa investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e canais de televisão que irão transmitir as partidas. Os patrocinadores do torneio também serão investigados por “atos violadores dos direitos à vida e à saúde”.
Para o MPF, a apresentação do plano de trabalho da CBF, Conmebol e patrocinadores da Copa América, não garantem que durante o evento não apresentará alta “transmissibilidade do coronavírus”, o que põe em risco a saúde dos trabalhadores que atuarão no evento.
“Os procuradores afirmam também que a logística para a realização de partidas profissionais de futebol e demais esportes demanda a presença física e o constante deslocamento não apenas dos próprios atletas, mas também das equipes profissionais que os acompanham, para além da atuação dos trabalhadores necessários ao funcionamento dos estádios”, diz outro trecho do documento.
Além de Cuiabá, os jogos serão realizados em Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro, cujos estados que estão com mais de 80% de ocupação de leitos de UTI.
Outro lado
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro disse por meio de nota que a decisão da realização da Copa América – não é de responsabilidade do município, mas sim, do governo federal, da Confederação Brasileira de Futebol e governo do Estado. “No entanto, pondera ser necessário garantir em tempo célere a vacinação para proteger a saúde e a vida das pessoas”.
Já o governo do Estado foi procurado pela reportagem, mas afirmou que não irá se manifestar.